Mais de uma tonelada de drogas apreendidas na Base Candiru passam por perícia antes de incineração, no Pará


Material entorpecente foi descarregado no domingo (27) em Santarém. Droga apreendida em Óbidos é transferida para perícia em Santarém
A Polícia Científica de Santarém, no oeste do Pará, recebeu mais de uma tonelada de drogas que foram apreendidas em Óbidos, no oeste do Pará. O material estava escondido em duas embarcações e foi encontrado durante fiscalizações realizadas na Base Candiru.
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Droga apreendida na Base Candiru, em Óbidos, foram transportadas para Santarém
Divulgação
Entre o material encaminhado para perícia estavam mais de 850 Kg de papel picado. O material foi transferido para a Polícia Científica em Santarém para ser analisado no Laboratório de Química Forense. A perícia foi feita nesta segunda (28) e o laudo vai subsidiar a destinação do material apreendido, que será a incineração por parte da Polícia Civil.
Isso porque em uma das apreensões, o cão farejador sinalizou positivo para material entorpecente uma carga de “papel picado” que teria sido produzido com cocaína. Essa seria uma alternativa encontrada pelos criminosos para dificultar a localização do material entorpecente durante fiscalizações.
Essa foi a primeira vez que esse tipo de “papel picado” feito com cocaína foi apreendido no Pará e a Receita Federal realizou um teste rápido no local, indicando que se tratava de material entorpecente – cocaína.
Também foram encaminhados para perícia mais de 160 Kg de maconha do tipo ‘Skunk’. Os tabletes estavam escondidos no forro dos banheiros da embarcação.
Em nenhuma das duas apreensões foram identificados os “responsáveis” pela droga, por isso, ninguém foi preso.
“Foi feita a verificação em uma embarcação onde foram encontrados 18 grandes volumes com odor característico e a cadela Ísis fez essa indicação que seria entorpecente, não sabemos precisar qual. Não teve outra alternativa a não ser trazer para Santarém, para ser feita perícia pela Polícia Científica”, contou o delegado Germano do Vale, responsável pelo transporte das drogas.
O material entorpecente foi transportado de Óbidos para Santarém em duas lanchas da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará.
Ísis em ação
Isis, cadela do 2º BME
Divulgação/Polícia Militar
Nas duas apreensões, que resultaram em mais de uma tonelada de drogas, mais uma vez o 2º Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar foi imprescindível para a localização do material entorpecente. E foi novamente a cadela Ísis que farejou e sinalizou o material entorpecente.
O 2º Tenente Figueiredo, do 2º BME, explicou que a Ísis é muito habilidosa e certeira nas ações da Polícia Militar, mas para chegar a esse “patamar” foi necessária uma série de capacitações e treinamentos, não só com os cães farejadores do BME, mas também com os próprios policiais militares que precisam estar cada vez mais capacitados para as ocorrências.
“Para a cadela Ísis chegar a esse ponto, ela conta com os seus instrutores e com base no treinamento que com base nos treinamentos que eles recebem nos cursos e especializações fornecidas pela Polícia Militar do Pará, chegaram a esse ponto. Não foi da noite para o dia, ela não nasceu assim. Ela tem um dom e esse dom foi bastante trabalhado pela equipe do 2º BME”, contou o tenente.
O 2º tenente explica ainda que apesar da Ísis ser bastante solicitada nas ações da Polícia na Base Candiru, outras técnicas são utilizadas pelos policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME).
“Essas operações não acontecem só com a equipe do canil, acontecem também com base em outras instruções como a patrulha fluvial. Temos todo esse aparato para resguardar a segurança na região”, concluiu o tenente.
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Criatividade para o crime
Os criminosos estão cada vez mais “criativos” e buscam cada vez mais alternativas para fazer o transporte de drogas pelos rios da região. Para tentar fugir do radar da polícia os traficantes escondem drogas nos lugares mais inusitados.
Na última apreensão, os policias encontraram drogas na lataria de um carro e no forro do banheiro, mas em outras operações a polícia já encontrou material entorpecente em cordas, em meio a peixes e até dentro de eletroeletrônicos.
O delegado Germano do Vale explicou que todos os órgãos de segurança não têm medido esforços para combater o tráfico de drogas pelos rios da região. O resultado são grandes apreensões nos primeiros meses de 2025 na Base Candiru.
Em menos de dois meses, os órgãos de segurança registraram a apreensão de mais de três toneladas de drogas.
“Esse investimento acertado pelo Governo do Estado em prol da segurança pública tem sido de grande valia. Estamos passando, batendo metas em volumes estratosféricos. Antes pegávamos poucos quilos, agora conseguimos apreender quantidades grandes, em toneladas. Esse é o ponto positivo dessas operações diuturnas que estamos realizando lá naquela base”, completou o delegado Germano do Vale.
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