
A alegria deu o tom na noite desta segunda-feira (28), na Câmara Municipal. E não poderia ser diferente, já que este é o principal combustível das atividades desenvolvidas pelo homenageado. Não faltaram cores e brilho para recepcionar os familiares, amigos e alunos do professor, dançarino e turismólogo Luciano Melo dos Santos, que recebeu a Comenda Maria Quitéria, a maior condecoração da Casa, por iniciativa do vereador Galeguinho (União Brasil).
“Mais do que um professor, coreógrafo e produtor cultural, ele é uma força viva da cultura popular de Feira de Santana”, disse o Galeguinho, que definiu Luciano Melo como um sinônimo de talento, criatividade e compromisso com o povo, “que não se contenta com o palco e leva a arte para a rua, para os jovens que precisam de oportunidade para sonhar”. Ele destacou a importância de homenagear pessoas que de fato merecem e lembrou das muitas vidas que Luciano Melo transformou.
Galeguinho ressaltou a importância de dar visibilidade a projetos que promovem a autoestima e a cidadania, citando que a Comenda outorgada pela Câmara Municipal não é somente um reconhecimento formal, mas um abraço coletivo do povo de Feira de Santana, que acredita em uma cidade mais justa e inclusiva. “Para ele arte é missão e enquanto muitos cruzam os braços ele segue dançando, criando e resistindo”, enfatizou.
A sessão foi presidida pelo próprio vereador, que compôs a mesa ao lado do homenageado, a produtora cultural Patrícia Sangalo e Mateus Pinheiro, subsecretário de Governo, representando o prefeito José Ronaldo. E foi com lágrimas nos olhos, diante de uma plateia que incluiu a mãe Célia Melo e irmão Carlos Antônio Melo, que o novo comendador feirense fez um discurso de agradecimento em nome de toda classe artística. Disse estar lisonjeado e brincou, ao contar que ainda criança fez um palco em casa com uma chaminé e, claro, pegou fogo. Lembrou também que inventava instrumentos de fanfarra e ia para as ruas.
E o menino que tinha medo do público se transformou e hoje faz do palco a sua vida e um meio de promover a ação social.
“Estou realmente lisonjeado, este é um momento ímpar”, definiu Luciano Melo, ao recordar o início de tudo, citando a importância do incentivo, ao logo de sua trajetória, de pessoas como o professor Celestino Amoedo, Naron Vasconcelos e Maurício Carvalho. “Eu me achei nas pessoas”, contou, lembrando que com o tempo o palco foi aumentando, até se tornar referência da Micareta. “Eu não ganhava nada, os amigos é que bancavam”, recordou, destacando o cunho social em tudo que fazia, como o apoio à AAPC, entidade de apoio a pessoas com câncer.
Além de professor de dança e coreógrafo, Luciano Melo é graduado em Turismo pela antiga FTC (hoje Unex), licenciado em Artes Visuais pela Uniasselv e pós-graduado em Arte e Educação. Visuais. “Ele é um grande homem e vai popularizar o título de comendador”, resumiu Patrícia Sangalo, acrescentando que “a cultura e a arte são curativas”. Já a professora Rita de Cássia Brás disse que para diminuir a violência não basta polícia na rua, mas arte na escola, enquanto Elaine Lírio dos Santos Joventino determinou: não há Micareta sem o palco de Luciano Melo.
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