Morte de diarista será investigada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher

Morte de Graça é responsabilidade da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).
Foto: Reprodução

A investigação sobre a morte da diarista Iraci de Souza Teixeira, conhecida como Graça, de 66 anos, vai passar a ser conduzida pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).

O corpo de Graça foi encontrado em uma cova rasa em região de matagal no bairro Vale Encantado, em Vila Velha, na manhã desta quinta-feira (1º). A mulher estava desaparecida desde o último sábado (26), quando saiu para caminhar.

A vítima foi encontrada com os pés e mãos amarrados com uma camisa branca, em posição que impedia qualquer chance de defesa, conforme o investigador Walter Santanna. Além disso, apesar do avançado estado de decomposição do corpo, foi possível identificar uma pancada na cabeça.

A partir da localização do corpo, o caso deixa de ser uma responsabilidade da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), que esteve à frente das investigações “desde o registro do desaparecimento da vítima, realizando diligência de campo, análise de imagens, levantamento de informações por meio de trabalho de inteligência e buscas em locais indicados pelas investigações”, segundo a PCES.

Com a localização do corpo, o caso deixa de ser tratado como desaparecimento e passa a ser investigado como um possível homicídio ou outro crime que tenha resultado na morte da vítima, informou a Polícia Civil.

O corpo de Graça foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e identificado oficialmente. Em seguida, será liberado para os familiares.

Corpo de diarista foi encontrado por grupo de voluntários

Foi um grupo de voluntários da igreja que encontrou o corpo da diarista Iraci de Souza Teixeira, após familiares e amigos decidirem voltar para a região para continuar com as buscas por conta própria.

A região onde estava enterrada a vítima é uma área de difícil acesso, com trilhas usadas por carroceiros e possui vários pontos de escavação de areia feita de forma ilegal.

O pintor Valdir Roberto de Paula foi um dos voluntários que encontrou o corpo. Ele estava junto com uma mulher realizando as buscas no mato.

“Ela mexendo nas árvores e eu com um facão na mão, cortando daqui e dali. Quando chegou em certa altura comecei a sentir um cheiro muito forte. Nisso que ela achou o corpo, eu dei um grito”, disse ele.

Logo após, o cunhado, outros familiares e amigos de Graça chegaram na região e reconheceram o corpo. A Polícia Militar, investigadores da Polícia Civil, peritos da Polícia Científica e militares do Corpo de Bombeiros foram acionados e participaram da ação.

O local em que o corpo foi encontrado fica perto de onde buscas foram feitas pela Polícia Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, na tarde de quarta-feira (30), com a ajuda de cães farejadores.

Diarista estava com chave e cartão

Segundo Santana, a chave da diarista, que estava com ela quando saiu para caminhar, foi encontrada perto do corpo. “A gente conseguiu achar a chave enterrada também e foi devolvida ali mesmo no local”, disse o investigador.

Já o cartão de crédito da vítima não foi localizado.

O local onde o corpo estava enterrado é de difícil acesso, o que chamou a atenção da polícia. 

“É uma região de mata fechada, com acesso praticamente inviável pela Leste-Oeste, porque há um brejo. Só alguém que conhece muito bem esse local conseguiria chegar até ali”, pontuou Santana.

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