
Na última semana, uma imagem divulgada durante um painel sobre fenômenos aéreos não identificados gerou debate acalorado nas redes sociais. O polêmico registro, apresentado pelo Fundo de Divulgação UAP (Unidentified Anomalous Phenomena), foi compartilhado por Luis Elizondo, ex-funcionário de inteligência dos Estados Unidos conhecido por seu envolvimento em investigações governamentais sobre objetos aéreos misteriosos. A fotografia, supostamente tirada por um piloto civil em 2021 durante um voo comercial a 6.400 metros de altitude, mostrava um disco prateado pairando sobre uma região próxima ao Marco Four Corners, área onde se encontram os estados do Novo México, Arizona, Utah e Colorado.
De acordo com a descrição oficial, o objeto teria entre 180 e 300 metros de diâmetro e aparecia suspenso no céu. Durante o evento, Elizondo destacou que departamentos de defesa e agências de inteligência possuem “centenas” de imagens semelhantes ainda classificadas como secretas, defendendo a necessidade de maior transparência. Porém, o ex-agente ressaltou que não podia confirmar a autenticidade do material, já que não foi o autor da foto.

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A publicação rapidamente atraiu a atenção de especialistas em geografia e entusiastas de tecnologia, que apontaram inconsistências na interpretação da imagem. Um usuário do Twitter argumentou que o “disco voador” era, na realidade, um par de campos de irrigação do tipo center-pivot — sistema comum em áreas agrícolas que cria círculos visíveis de altitude. As coordenadas geográficas fornecidas (36.4014 N, –108.1791 W) levam a uma região de cultivo administrada pela Navajo Agricultural Products Industry, onde esse padrão de irrigação é amplamente utilizado.
A análise detalhada explica que um dos círculos estava em pousio (solo não cultivado), refletindo mais luz e criando a ilusão de um disco metálico. Já o círculo vizinho, com vegetação mais densa, apareceu mais escuro, simulando uma “sombra” abaixo do suposto objeto. Uma estrada reta na propriedade, visível na imagem, completaria o efeito visual, dando a impressão de uma estrutura diagonal conectada ao disco — detalhe que muitos interpretaram como parte de um UFO.

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Especialistas em percepção visual reforçaram que a altitude elevada do avião e possíveis ajustes na exposição da câmera contribuíram para aplanar a profundidade da cena, facilitando a interpretação equivocada. O fenômeno psicológico conhecido como pareidolia, que leva o cérebro a identificar formas familiares em padrões aleatórios, também teria influenciado na associação imediata com discos voadores.
A discussão ganhou força quando comparativos side-by-side mostraram imagens de satélite da mesma região em diferentes épocas, revelando variações na aparência dos campos conforme o ciclo de cultivo. Enquanto alguns defendem que o debate comprova a necessidade de análises técnicas mais rigorosas antes de divulgar supostos UAPs, outros veem o episódio como exemplo de como informações cotidianas podem ser mal interpretadas sem contexto adequado.
O Fundo de Divulgação UAP mantém sua posição de que a imagem merece investigação científica aberta, reiterando seu objetivo de pressionar por maior acesso a dados classificados. Enquanto isso, o caso segue alimentando conversas sobre os desafios de diferenciar fenômenos aéreos incomuns de elementos terrestres comuns quando observados sob condições específicas.
Esse Imagem recém-divulgada afirma mostrar ‘OVNI de 300 metros de largura’, mas pessoas acham que encontraram um erro constrangedor foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.