Um dos maiores sindicatos municipais do país elege nova diretoria com mais de 95% dos votos

A nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) foi eleita em um processo completamente virtual. A chapa única, liderada por Juliana Mildemberg, atual coordenadora-geral, obteve 95,66% dos 3.401 votos válidos. A posse está prevista para o início de junho, com perspectiva de reabertura do diálogo com a Prefeitura de Curitiba.

Com mais de 10 mil filiados, o Sismuc é um dos maiores sindicatos municipais do país. A chapa 1, “SISMUC Somos Nós”, foi reconduzida ao comando da entidade, mantendo parte da composição anterior e renovando outros quadros. A eleição também escolheu cinco novos titulares e três suplentes para o Conselho Fiscal, responsável por acompanhar e fiscalizar o orçamento do sindicato.

Segundo o balanço divulgado pelo sindicato, além dos votos válidos, 2,69% foram nulos e 1,65% em branco. O quórum mínimo para validação da eleição era de 3.393 votantes, número que foi superado.

Para Mildemberg, a reeleição representa um novo momento para o sindicato. Ela lembra que, durante os oito anos da gestão de Rafael Greca (PSD) à frente da prefeitura de Curitiba, o sindicato não foi recebido para diálogo e viu diversos direitos da categoria serem retirados por leis aprovadas pela administração.

“Nossos desafios são muitos. O primeiro deles é a confiança da categoria, que decidiu nos reeleger. Temos pessoas novas na direção e mantivemos uma base. Assim, a gente não começa do zero”, afirmou. “Ainda temos o desafio de enfrentar uma nova gestão, apesar de o Eduardo Pimentel (PSD) ter sido vice-prefeito, e tornar o sindicato mais forte.”

Comissão Eleitoral homologou resultado de uma disputa 100% virtual. Foto: Divulgação / Sindicato

A coordenadora reconhece que houve mudança na relação com o Executivo municipal, com abertura ao diálogo, mas pondera que isso ainda não se traduziu em avanços concretos nas reivindicações.

“Receber faz toda a diferença. Porém, ainda não tivemos avanço nas pautas porque existe um prazo entre a entrega e as mesas de negociação. Entregamos [a pauta] em 31 de março e temos conversado sobre questões pontuais. Com relação à pauta geral, acreditamos que haja debate no mês de junho”, disse. Ela lembrou ainda que a pauta financeira só costuma ser debatida em outubro.

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