Dia Mundial do Lúpus: o que é e quais são os sintomas da doença

Dia Mundial do Lúpus
(Reprodução: Freepik)

Em 2015, a cantora e atriz Selena Gomez anunciou publicamente seu diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, mais conhecido como lúpus, cujo dia mundial é lembrado neste sábado (10).

Com a revelação e a notícia de que a atriz precisou de um transplante de rim, a doença ganhou evidência na mídia e muitas pessoas se interessaram pelo tema.

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Entretanto, o lúpus não é um tema desconhecido para todos. Segundo dados da Lupus Foundation of America, pelo menos cinco milhões de pessoas convivem com a doença no mundo e, desde 2004, a data de 10 de maio passou a ser considerado o Dia Mundial do Lúpus.

O que é o lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente mulheres em idade fértil, entre 15 e 45 anos. Apesar disso, homens e crianças também podem ser diagnosticados com a doença.

De acordo com o reumatologista do Hospital Santa Rita, Sérgio Mameri, o lúpus ocorre quando o sistema imunológico, que normalmente protege o organismo contra vírus e bactérias, passa a atacar tecidos saudáveis do corpo.

Isso pode gerar inflamações em múltiplos órgãos e sistemas, como a pele, articulações, rins, cérebro, coração e pulmões.

Principais sintomas

Segundo o médico, a doença pode ser difícil de ser diagnosticada, pois os sintomas podem aparecer de maneira abrupta ou de forma lenta, fazendo com que sejam confundidos com outras enfermidades.

Alguns dos principais sintomas são a fadiga, manchas na pele – especialmente a vermelhidão no rosto em forma de “asa de borboleta”, úlceras em mucosa oral e até na genital e dores nas articulações.

“Outros sinais como a sensibilidade à exposição solar, queda significativa de cabelo, febre baixa que persiste por muitos dias, além da inflamação em alguns órgãos, estão entre as manifestações que sugerem que a pessoa tenha lúpus”, ressaltou o reumatologista.

Diagnóstico e tratamento

Apesar de ter um diagnóstico difícil, é essencial que pacientes procurem médicos caso apresentem sintomas. Caso não seja tratado, o lúpus pode causar danos sérios aos órgão internos.

“O lúpus exige uma avaliação cuidadosa da história clínica, além de exames físico, laboratoriais e de imagem para confirmação do diagnóstico”, disse.

Já o tratamento é individualizado e pode incluir o uso de imunossupressores e acompanhamento periódico. Além disso, algumas atitudes podem auxiliar no controle da doença:

Alguns exemplos desses cuidados são evitar exposição ao sol e utilizar protetor solar, tomar corretamente os medicamentos, realizar os exames de rotina regularmente e ter hábitos saudáveis de vida

Ainda segundo ele, não há cura para o lúpus, mas com o tratamento correto e os cuidados diários, o paciente pode ter uma ótima qualidade de vida convivendo com o diagnóstico.

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