Menina levada morta a UPA em Vila Velha tinha hematomas e lesões graves

A menina Agatha Ester menina levada morta a UPA de Vila Velha
Agatha Ester, menina levada morta a UPA de Vila Velha. Foto: Reprodução/TV Vitória

A menina que foi levada morta para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, em Vila Velha, no último sábado (10), tinha “traumas provocados por terceiros”, segundo apresentado em boletim da Polícia Civil. A mãe e o padrasto da criança estão detidos.

Uma avaliação do médico legista no Instituto Médico Legal (IML) identificou que Aghata Ester Santos Barbosa, de 1 ano e 6 meses, apresentava lesões por todo o corpo, provocadas por terceiros.

A Prefeitura de Vila Velha informou que foram identificados hematomas no tórax e membros, além de uma escoriação na região cervical.

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O padrasto, José Wilson Guimarães Júnior, de 38 anos, havia levado a vítima já em parada cardíaca para a UPA de Riviera da Barra no último sábado (10). A mãe, Paula Nazarett dos Santos Barbosa, de 31 anos, foi para o local logo em seguida.

O padrasto, José Wilson, e a mãe, Paula Nazarett, foram autuados por homicídio qualificado. Foto: Reprodução/ TV Vitória.

Eles disseram aos médicos que Agatha teria caído e desmaiado enquanto estava brincando.

A criança também havia sido levada à mesma unidade de saúde para tratar uma infecção urinária uma semana antes, no dia 3 de maio. O casal afirmou que ela poderia ter sido vítima de um quadro agravado da doença.

Porém, após os exames, a conclusão foi de que a criança morreu por conta de graves lesões, contrariando a versão dos responsáveis.

A mãe alegou que foi o companheiro, com quem estava há quatro meses, quem agredia a criança. Já o padrasto afirmou que era a mãe a agressora. Os dois foram presos.

José Wilson e Paula Nazarett foram autuados por homicídio qualificado com emprego de meio cruel. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

Equipe médica atuou por mais de 30 minutos

Segundo a Prefeitura de Vila Velha, Agatha deu entrada na UPA de Riviera da Barra, às 14h51 de sábado (10), já em parada cardíaca. De acordo com os médicos, ela apresentava sinais que indicavam graves lesões.

Os médicos informaram que a criança estava com midríase bilateral, ou seja, tinha as pupilas dilatadas e não reagia a estímulos de luz. Além disso, foi identificado um quadro de cianótica, que indicava que ela estava com uma coloração acinzentada e azulada na boca e extremidades.

A equipe médica realizou manobras e conseguiu fazer com que Agatha respirasse sozinha por alguns segundos, mas logo depois ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os médicos trabalharam por mais 14 minutos com manobras de ressuscitação, mas a menina não resistiu e morreu às 15h25, 34 minutos depois de dar entrada na UPA.

O Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) foi acionado e o corpo encaminhado ao IML.

A mãe e o padrasto permaneceram na unidade até a conclusão dos trâmites necessários e foram presos no mesmo dia, após as primeiras avaliações médicas apontarem as lesões causadas por terceiros.

Os dois foram encaminhados ao sistema prisional e o caso segue sob investigação.

*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record

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