DocuSign aposta em plataforma end-to-end com IA para transformar gestão de contratos no Brasil

Durante coletiva realizada nesta semana, executivos globais da DocuSign destacaram os movimentos estratégicos da empresa para fortalecer sua presença na América Latina e consolidar uma nova geração de soluções de gestão de acordos. Paula Hansen, Chief Revenue Officer (CRO), Dmitri Krakovsky, Chief Product Officer (CPO), e Christiano Lucena, vice-presidente e gerente geral para a América Latina, apresentaram a proposta da plataforma Intelligent Agreement Management (IAM), que une automação, inteligência artificial e modularidade para otimizar o ciclo completo de contratos – da criação à gestão e análise.

“Estamos animados com a oportunidade de expandir nossa atuação na América Latina, especialmente no Brasil, que tem sido um dos mercados com maior crescimento para a DocuSign nos últimos anos”, afirmou Paula. Segundo ela, a gestão de contratos ainda é altamente manual e descentralizada, o que compromete a eficiência e aumenta os riscos para as organizações. “Queremos transformar esse processo com uma abordagem de fim a fim, extraindo valor dos dados contidos nos contratos”, explicou.

A plataforma IAM foi lançada em julho de 2023 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em outubro. De acordo com os executivos, seu diferencial está na integração com ferramentas já utilizadas por empresas, como SAP e Salesforce, e no uso intensivo de inteligência artificial com o motor DocuSign IRIS. “É uma tecnologia treinada com base em mais de 20 anos de conhecimento sobre contratos e acordos, o que nos permite alcançar uma precisão e performance superiores aos modelos genéricos disponíveis no mercado”, destacou Dmitri Krakovsky.

Lucena reforçou que a adoção no Brasil está avançando rapidamente, impulsionada pela relevância da proposta de valor. “Não se trata apenas de tecnologia, mas de resolver problemas reais de negócios, como acelerar processos, garantir conformidade, reduzir custos e evitar perdas financeiras”, afirmou. Ele também mencionou que a plataforma permite, por exemplo, identificar cláusulas críticas, monitorar prazos de renovação automática e apontar inconsistências contratuais.

Um dos pilares da estratégia da DocuSign é a modularidade da plataforma, permitindo que empresas escolham os componentes mais relevantes para seus modelos de negócio – seja no relacionamento B2B ou B2C. “Para uma empresa que atua com o consumidor final, por exemplo, a verificação de identidade pode ser o ponto mais crítico. Já no B2B, o foco pode estar em negociação e compliance contratual”, explicou Paula.

A empresa também destacou a importância de seu ecossistema de parceiros para escalar a operação na América Latina. “Cerca de 50% das nossas assinaturas já ocorrem via integração com parceiros ISVs e plataformas externas. Isso nos permite entregar mais valor e atender demandas específicas de diferentes setores”, afirmou Paula, mencionando o App Center como uma vitrine de integrações com soluções de mercado.

A coletiva também trouxe dados sobre o impacto da ineficiência na gestão de contratos. Segundo os executivos, globalmente, estima-se que cerca de US$ 2 trilhões sejam perdidos anualmente devido a falhas nos processos de acordos, sendo que entre US$ 140 e 170 bilhões desse total estariam concentrados na América Latina.

“Com a nova plataforma, queremos não apenas digitalizar os contratos, mas transformar a forma como empresas os utilizam para gerar valor e tomar decisões estratégicas. O potencial é enorme e estamos apenas começando”, concluiu Paula.

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