O governo britânico revelou planos ambiciosos para ampliar significativamente sua frota de submarinos de ataque movidos a energia nuclear, com a construção de até 12 unidades da nova classe SSN-AUKUS.
O anúncio foi feito como parte das medidas que integram a nova Revisão Estratégica de Defesa (Strategic Defence Review), que visa preparar as Forças Armadas do Reino Unido para um estado de prontidão bélica diante das crescentes ameaças globais.
Os novos submarinos serão construídos no âmbito da parceria AUKUS com os Estados Unidos e a Austrália e substituirão gradualmente os atuais sete submarinos da classe Astute a partir do final da década de 2030. A construção ocorrerá nas instalações da BAE Systems, em Barrow-in-Furness, e da Rolls-Royce, em Raynesway (Derby), com previsão de lançamento de um novo submarino a cada 18 meses.
Segundo o governo, o programa SSN-AUKUS impulsionará uma transformação profunda na indústria naval britânica, sustentando 30 mil empregos altamente qualificados e promovendo a formação de 30 mil aprendizes e 14 mil graduados ao longo dos próximos dez anos. O investimento está alinhado ao “Plano para a Mudança” (Plan for Change), que visa garantir segurança nacional e fomentar o crescimento econômico por meio do setor de defesa.
Além do programa SSN-AUKUS, a Revisão Estratégica de Defesa prevê outros investimentos relevantes, como:
- Modernização do programa soberano de ogivas nucleares, com aporte de £15 bilhões, garantindo a continuidade do dissuasor nuclear marítimo do Reino Unido;
- Criação do novo Comando CyberEM para liderar operações cibernéticas, com investimento de £1 bilhão em capacidades digitais;
- Aquisição de até 7.000 mísseis de longo alcance fabricados no Reino Unido;
- Expansão dos estoques de munições e equipamentos de apoio;
- Mais de £1,5 bilhão destinados à melhoria da infraestrutura habitacional das Forças Armadas.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que “a segurança nacional é a base do nosso plano de mudança” e destacou que o reforço da frota submarina e do programa nuclear tornará o Reino Unido “seguro em casa e forte no exterior”.
O Secretário de Defesa, John Healey, também ressaltou a importância da decisão diante do cenário internacional: “Sabemos que as ameaças estão crescendo e precisamos agir com firmeza para enfrentar a agressão russa.”
O anúncio reforça o compromisso do Reino Unido com a dissuasão estratégica e a segurança da OTAN, garantindo capacidades defensivas modernas para as próximas décadas e consolidando o país como um dos pilares da segurança marítima e nuclear global.
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