
Cinco suspeitos foram presos em Minas Gerais durante uma operação, deflagrada no dia 15 de maio, que procurava integrantes de uma organização criminosa que furtavam instituições financeiras no Espírito Santo e em outros três estados brasileiros, causando um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões.
A Operação Serra Sede foi deflagrada pela Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A polícia descobriu, durante as investigações, que todos os integrantes da organização criminosa eram de outros estados.
A quadrilha já realizou crimes no Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Minas Gerais. Além disso, a polícia descobriu que o grupo já realizou uma tentativa de furto no estado do Rio de Janeiro.
As investigações começaram após a polícia receber a informação de que uma agência bancária da Serra havia sido furtada, no mês de fevereiro, causando um rombo de aproximadamente R$ 500 mil somente nesta agência.
De acordo com o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, os criminosos utilizavam cerca de três carros alugados para despistar os policiais.
“Eles eram muito bem estruturados e organizados. Todos de fórum utilizavam carros alugados”, disse o delegado.
O delegado explicou o modus operandi da organização criminosa. Segundo ele, o chefe da quadrilha, identificado como Ricardo Moreira Gomes, de 34 anos, ia ao local do crime e ficava cerca de 4 dias analisando o local.
Além disso, o delegado destacou que eles optavam em atuar aos finais de semana.
VEJA O MOMENTO DA PRISÃO DO CHEFE DA QUADRILHA:
“Eles estudam toda a instituição financeira, e agem já propositadamente aos finais de semana e feriados. Porque eles são especialistas em cortar o padrão de energia da instituição financeira, interrompendo o circuito de videomonitoramento e de segurança”.

O delegado informou que também havia um especialista em arrombamentos e corte de cofre na organização, identificado como Paulo Cézar Teotônio da Silva, de 39 anos. Ele é natural de Mato Grosso, e já havia sido preso por 7 anos no Espírito Santo, devido a outro roubo a banco.
A partir desse momento, eles adentram no banco, furtam esse dinheiro e já tem dois a três carros para dar fuga. Após o furto, cada um vai para o seu estado de origem, o que dificulta o trabalho policial, porque são de estados diferentes, destaca o delegado.
Após a descoberta da dinâmica do grupo, a polícia localizou o hotel em que eles ficavam no Estado, com a ajuda da Polícia Civil de Minas Gerais. A polícia mineira informou aos policiais capixabas que o grupo havia tentado furtar uma agência em Juiz de Fora, mas não conseguiram.
Com essa informação, a equipe de policiais civis capixabas se uniram com a equipe de Minas Gerais, com a participação dos estados de Goiás e Mato Grosso, e conseguiram prender os cinco suspeitos.
“Fomos para Minas Gerais, pegamos o apoio também, pedimos o apoio do Deic de Goiás e do Mato Grosso, e conseguimos prender esses cinco indivíduos. No momento da busca, apreensão e da prisão, identificamos que eles estavam ocultando e lavando esse dinheiro através da genitora do chefe de investigação, do chefe da quadrilha”, disse o delegado.
VEJA O VÍDEO:
Segundo o delegado, Rondinelli Batista Antônio, de 39 anos, foi preso em Minas Gerais. Já Maikon Ferraz Gonçalves, de 35 anos, e Paulo Cézar foram presos no Mato Grosso. Leonardo Costa de Souza, de 39 anos, e Ricardo foram presos em Goiás.
O delegado pontuou quais serão os crimes que os suspeitos irão responder.
“Eles vão responder por furto qualificado mediante rompimento de obstáculo e concurso de pessoas, organização criminosa e posteriormente podem responder também por lavagem de dinheiro”, disse o delegado.
*Texto sob supervisão da editora Erika Santos