Cinco suspeitos de furtar bancos em 4 estados são presos em operação

Suspeitos presos na operação
Rondinelli Batista Antônio, Ricardo Moreira Gomes, Paulo Cézar Teotônio, Maikon Ferraz Gonçalves e Leonardo Costa de Souza. Foto: Reprodução/Sesp

Cinco suspeitos foram presos em Minas Gerais durante uma operação, deflagrada no dia 15 de maio, que procurava integrantes de uma organização criminosa que furtavam instituições financeiras no Espírito Santo e em outros três estados brasileiros, causando um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões.

A Operação Serra Sede foi deflagrada pela Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A polícia descobriu, durante as investigações, que todos os integrantes da organização criminosa eram de outros estados.

A quadrilha já realizou crimes no Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Minas Gerais. Além disso, a polícia descobriu que o grupo já realizou uma tentativa de furto no estado do Rio de Janeiro.

As investigações começaram após a polícia receber a informação de que uma agência bancária da Serra havia sido furtada, no mês de fevereiro, causando um rombo de aproximadamente R$ 500 mil somente nesta agência.

De acordo com o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, os criminosos utilizavam cerca de três carros alugados para despistar os policiais.

“Eles eram muito bem estruturados e organizados. Todos de fórum utilizavam carros alugados”, disse o delegado.

O delegado explicou o modus operandi da organização criminosa. Segundo ele, o chefe da quadrilha, identificado como Ricardo Moreira Gomes, de 34 anos, ia ao local do crime e ficava cerca de 4 dias analisando o local.

Além disso, o delegado destacou que eles optavam em atuar aos finais de semana.

VEJA O MOMENTO DA PRISÃO DO CHEFE DA QUADRILHA:

“Eles estudam toda a instituição financeira, e agem já propositadamente aos finais de semana e feriados. Porque eles são especialistas em cortar o padrão de energia da instituição financeira, interrompendo o circuito de videomonitoramento e de segurança”.

Material apreendido pela polícia
Material apreendido pela polícia. Foto: Reprodução/Sesp

O delegado informou que também havia um especialista em arrombamentos e corte de cofre na organização, identificado como Paulo Cézar Teotônio da Silva, de 39 anos. Ele é natural de Mato Grosso, e já havia sido preso por 7 anos no Espírito Santo, devido a outro roubo a banco.

A partir desse momento, eles adentram no banco, furtam esse dinheiro e já tem dois a três carros para dar fuga. Após o furto, cada um vai para o seu estado de origem, o que dificulta o trabalho policial, porque são de estados diferentes, destaca o delegado.

Após a descoberta da dinâmica do grupo, a polícia localizou o hotel em que eles ficavam no Estado, com a ajuda da Polícia Civil de Minas Gerais. A polícia mineira informou aos policiais capixabas que o grupo havia tentado furtar uma agência em Juiz de Fora, mas não conseguiram.

Com essa informação, a equipe de policiais civis capixabas se uniram com a equipe de Minas Gerais, com a participação dos estados de Goiás e Mato Grosso, e conseguiram prender os cinco suspeitos.

“Fomos para Minas Gerais, pegamos o apoio também, pedimos o apoio do Deic de Goiás e do Mato Grosso, e conseguimos prender esses cinco indivíduos. No momento da busca, apreensão e da prisão, identificamos que eles estavam ocultando e lavando esse dinheiro através da genitora do chefe de investigação, do chefe da quadrilha”, disse o delegado.

VEJA O VÍDEO:

Segundo o delegado, Rondinelli Batista Antônio, de 39 anos, foi preso em Minas Gerais. Já Maikon Ferraz Gonçalves, de 35 anos, e Paulo Cézar foram presos no Mato Grosso. Leonardo Costa de Souza, de 39 anos, e Ricardo foram presos em Goiás.

O delegado pontuou quais serão os crimes que os suspeitos irão responder.

“Eles vão responder por furto qualificado mediante rompimento de obstáculo e concurso de pessoas, organização criminosa e posteriormente podem responder também por lavagem de dinheiro”, disse o delegado.

*Texto sob supervisão da editora Erika Santos

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