Professora passa mal e vai à óbito dentro de escola no Paranà; segundo caso em uma semana

A professora Rosane Maria Bobato faleceu na tarde desta quinta-feira (5) enquanto trabalhava no Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, em Curitiba. A docente passou mal durante o expediente, chegou a ser acolhida na coordenação da escola, mas não resistiu e morreu no local.

Rosane lecionava Língua Portuguesa e acumulava mais de 29 anos de atuação na rede estadual de ensino do Paraná. Ao longo de sua trajetória, também ocupou o cargo de diretora no mesmo colégio onde ocorreu o falecimento.

O Colégio Estadual Santa Gemma Galgani faz parte do programa de terceirização da gestão escolar implantado pelo governo do Paraná, que transferiu a administração de diversas unidades para organizações sociais privadas. O modelo, alvo de críticas de educadores e sindicatos, vem sendo apontado como fator de agravamento das condições de trabalho, contribuindo para o adoecimento e a desumanização da prática docente.

Dirigentes da APP-Sindicato estiveram na unidade escolar para prestar apoio à comunidade e à família da professora, além de buscar esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte.

O caso ocorre menos de uma semana após a morte da professora Silvaneide Monteiro Andrade, que faleceu dentro do Colégio Cívico-Militar Jayme Canet, também em Curitiba, na última sexta-feira (30). A sequência de perdas tem gerado forte comoção entre educadores e estudantes da capital paranaense, além de críticas ao modelo de gestão adotado pela SEED que tem realizado pressão para que os professores cumpram metas.

Secretaria de Educação do Paraná lamenta morte de professora e anuncia medidas de apoio

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) emitiu nota manifestando profundo pesar pela morte da professora Rosane Maria Bobato.

A Secretaria afirmou estar prestando suporte à família da professora, além de oferecer apoio à equipe escolar. Em resposta ao ocorrido, o órgão também anunciou o reforço do programa Bem Cuidar, voltado à saúde dos profissionais da educação.

Segundo a Seed-PR, o programa passará a contar com um novo protocolo de atendimento, com a realização de exames de rotina em todos os municípios e a criação de um canal telefônico (0800) para acolhimento psicológico e orientações. A medida, segundo a pasta, busca ampliar a atenção à saúde física e mental dos docentes, reafirmando o compromisso com uma educação mais humanizada e segura.

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