O médico oftalmologista Ricardo Córdova morreu na madrugada desta segunda-feira (16) aos 75 anos. Imigrante boliviano, ele construiu uma trajetória marcada por pioneirismo, humanismo e grandes evoluções da medicina no Espírito Santo.
Segundo o filho do oftalmologista, Gustavo Córdova, seu pai foi diagnosticado com câncer no pâncreas em janeiro deste ano. O médico estava em tratamento e passou por uma cirurgia em São Paulo, onde teve complicações pós-operatórias.
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em 1974, Ricardo Córdova se especializou em oftalmologia no Hospital São Geraldo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Em 1981, realizou o primeiro transplante de córnea do Espírito Santo, um marco para a medicina capixaba.
Com seu colega, o nefrologista Lauro Vasconcellos, fundou a Central de Transplantes de Órgãos do Espírito Santo, consolidando um sistema essencial para salvar vidas no Estado.
Gustavo Córdova lamentou a morte do pai e agradeceu o carinho das pessoas:
Ele era uma pessoa muito querida e amada. A gente fica muito feliz com toda a repercussão positiva, com o carinho das pessoas. Durante toda a vida dele, isso foi muito presente. O que conforta agora é o carinho que estamos recebendo.
Ricardo Córdova também foi um dos precursores da cirurgia refrativa a laser no Brasil, nos anos 1990, tornando-se referência na área. Em Vitória, deu continuidade ao trabalho de seu professor José Almeida Rebouças, homenageando-o ao batizar com seu nome o Hospital de Olhos Dr. Almeida Rebouças, instituição da qual foi diretor e um dos fundadores.
O oftalmologista deixa dois filhos, Dionísio e Gustavo, e dois netos. O velório acontece na terça-feira (17), no Cemitério Jardim da Paz, na Serra, a partir das 13h.
