Com atuação em zonas rurais, Operação Flor de Aço reforça combate à violência doméstica em Santo Estêvão

Operação em Santo Estêvão
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A Polícia Civil da Bahia realizou nesta terça-feira (17), uma ação estratégica em Santo Estêvão, com foco no enfrentamento à violência doméstica e no cumprimento de mandados de prisão por pensão alimentícia. Batizada de Operação Flor de Aço, a operação se destacou não apenas pelo número de prisões, seis ao todo, mas pela atuação em áreas rurais de difícil acesso.

Segundo o coordenador regional da Polícia Civil, delegado Yves Correia, o município foi escolhido justamente pela carência de ações operacionais mais incisivas nos últimos anos, sobretudo fora da sede.

Tanquinho completa um ano sem registro de homicídios
Delegado Yves Correia | Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Em Santo Estêvão, boa parte dos alvos vive ou trabalha em zonas rurais, o que dificulta desde o levantamento de informações até o cumprimento dos mandados. Mas estruturamos uma logística própria para vencer essas barreiras e levar a presença do Estado a cada canto do território”, explicou.

A operação envolveu equipes da Delegacia Territorial de Santo Estêvão, do Núcleo Especial de Atendimento à Mulher (Neam) e do Catti Sertão, com apoio da 1ª Coorpin (Feira de Santana). Além das prisões, foram cumpridos dois mandados de busca domiciliar e fiscalizadas 10 medidas protetivas já expedidas pela Justiça.

De acordo com o delegado Lázaro Leonardo, titular da Delegacia Territorial de Santo Estêvão, a inadimplência de pensão alimentícia tem sido uma das principais demandas na delegacia, muitas vezes agravada pela distância física entre os autores e os serviços de fiscalização.

Delegado Lázaro Leonardo
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A violência contra a mulher, em especial no interior e na zona rural, não é apenas física. Ela também é moral, psicológica e econômica. Quando um pai deixa de pagar pensão, por exemplo, é uma forma de negligência que afeta diretamente a estrutura familiar e pode gerar consequências sociais graves”, ressaltou.

A delegada Alana Fialho, titular do Neam, explicou que além da parte repressiva, a operação também teve um caráter educativo e de orientação, com agentes indo às ruas e comércios para informar mulheres sobre seus direitos.

Delegada Alana Fialho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Muitas vítimas da zona rural sequer sabem que podem contar com o Neam. Por isso, fizemos questão de chegar perto, olhar no olho e dizer: vocês não estão sozinhas”, afirmou ao Acorda Cidade.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Leia também: Polícia Civil deflagra operação de combate à violência doméstica em Santo Estêvão

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.