Apesar das críticas de jovens ao trabalho como empregado formal, 67% dos brasileiros preferem ser empregado com carteira assinada, mesmo que isso lhe renda uma remuneração mais baixa. Isso é o que mostra uma pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (21).
De acordo com a pesquisa, questionados se preferem a CLT com salário menor ou um emprego informal ganhando mais, 31% dizem que preferem um trabalho sem carteira assinada. Outros 2% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 de junho, ouviu 2.004 pessoas, em 136 municípios. Tem dois pontos de margem de erro, para cima ou para baixo.
Em 2022, o Datafolha realizou levantamento semelhante. Naquele ano, a preferência pela CLT era ainda maior que a atual: 77% preferiam vínculo formal, mesmo ganhando menos; outros 21% preferiam o trabalho sem carteira ganhando mais.
Hoje, a valorização do trabalho formal é maior nas regiões Nordeste (69%), Sudeste (67%) e Sul (66%). No Centro-Oeste e Norte, a preferência baixa a 62%.
Mulheres consideram mais importante trabalhar com carteira assinada do que homens: 71% preferem o vínculo formal, contra 62% dos homens.
Trabalhadores mais velhos, com menor renda e com escolaridade mais baixa também preferem mais a CLT do que aqueles mais jovens, com renda maior e maior escolaridade.
Autônomo ou empregado?
O Datafolha perguntou aos brasileiros neste ano se eles preferem ser empregados ou autônomos. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria; outros 39% preferem ser contratados por uma empresa.
Esta foi a primeira vez que o Datafolha realizou um levantamento sobre o assunto. Por isso, não é possível comparar os dados atuais com outros do passado.
Segundo o instituto, hoje, a preferência por trabalhar por conta própria aparece em todas as faixas etárias, mas é maior entre os mais jovens. Entre os que têm de 16 a 24 anos, 68% acham melhor ser autônomo, contra 29% que preferem o emprego. Já entre os que têm 60 ou mais, a preferência pela CLT vence por 50% a 45%.
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