
O mundo acordou com notícias explosivas: os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra três instalações nucleares cruciais do Irã durante a noite passada. Os alvos foram as conhecidas usinas de Fordow, Natanz e Esfahan. O presidente americano, Donald Trump, declarou a operação um “sucesso” e emitiu um alerta severo, afirmando que qualquer retaliação iraniana seria enfrentada com uma força “muito maior” do que a demonstrada nos bombardeios.
Do outro lado, a reação iraniana foi imediata e furiosa. Seyed Abbas Araghchi, o ministro das Relações Exteriores do Irã, usou uma rede social para condenar veementemente a ação americana. Ele classificou o ataque como uma “violação grave” da Carta das Nações Unidas, do direito internacional e do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Araghchi alertou que os eventos teriam “consequências eternas” e instou todos os membros da ONU a se preocuparem com o que chamou de comportamento “extremamente perigoso, ilegal e criminoso”. O Irã deixou claro que reserva o direito de se defender, citando a Carta da ONU.
Mas o que levou a essa ação militar tão drástica? O cenário vinha sendo aquecido por um relatório alarmante publicado em 9 de junho pelo Instituto para Ciência e Segurança Internacional (ISIS), uma organização sem fins lucrativos. O documento trouxe à tona preocupações urgentes sobre o programa nuclear iraniano, focando especialmente na instalação subterrânea de Fordow.
O cerne da questão está no enriquecimento de urânio. O urânio natural encontrado no solo contém apenas cerca de 0,7% do isótopo urânio-235, essencial para reações nucleares. Para ser usado como combustível em reatores de energia, esse material precisa ser “enriquecido”, aumentando a concentração de urânio-235 para aproximadamente 3,5%. O processo envolve separar o urânio-235 do isótopo muito mais comum, o urânio-238.
O grande problema identificado pelo ISIS é que o Irã estava enriquecendo urânio a um nível muito mais alto: 60%. Esse grau de enriquecimento não tem uma aplicação prática conhecida em reatores de energia civis.

A localização dos três principais locais nucleares no Irã que os EUA bombardearam
A suspeita é que esse passo significativo aproxima o país perigosamente da capacidade de produzir urânio de grau militar (UGM), que requer uma pureza de urânio-235 de 90% ou mais. O relatório apontou que, a partir do urânio já enriquecido a 60%, a instalação de Fordow poderia produzir sua primeira quantidade significativa de UGM (cerca de 25 kg) em apenas dois ou três dias.
As projeções do ISIS pintavam um cenário ainda mais sombrio. Se o Irã decidisse avançar rapidamente para a produção de armas nucleares (“breakout”), utilizando simultaneamente as instalações de Fordow e Natanz (FEP), o país poderia acumular material suficiente para um número crescente de armas nucleares em poucos meses: material para 11 armas no primeiro mês, 15 ao final do segundo, 19 ao final do terceiro, 21 ao final do quarto e 22 ao final do quinto mês. Esses dados parecem ter sido cruciais na decisão americana de agir.
Foi nesse contexto de alta tensão e acusações mútuas que os ataques ocorreram. O presidente Trump justificou a ação em um pronunciamento, referindo-se às instalações iranianas como parte de uma “empresa horrenda e destrutiva”.
A ameaça subsequente do presidente americano, divulgada em uma rede social, foi direta: qualquer resposta do Irã seria esmagadora. Enquanto isso, o Irã promete consequências duradouras e reivindica seu direito à autodefesa perante a comunidade internacional. O mundo observa com apreensão os próximos capítulos deste confronto.
Esse Trump divulga mensagem contundente enquanto o Irã alerta sobre “consequências eternas” após ataques dos EUA foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.