Na última segunda-feira, 23 de junho, o Oriente Médio foi palco de um evento militar que misturou força com mensagens incomuns. O Irã lançou mísseis contra duas bases aéreas que abrigam tropas americanas: a enorme base de Al Udeid, no Catar, e a base de Ain al-Asad, no oeste do Iraque.
Al Udeid não é qualquer base. É a maior instalação militar dos Estados Unidos em todo o Oriente Médio, abrigando cerca de 10.000 soldados americanos. O ataque ocorreu após o governo do então presidente Donald Trump ter realizado ataques contra três instalações nucleares iranianas durante o fim de semana anterior. O Irã batizou sua operação de retaliação como “Anunciação da Vitória”.
Porém, a situação tomou um rumo peculiar. As defesas aéreas do Catar entraram em ação rapidamente sobre Al Udeid. Segundo autoridades, os sistemas conseguiram interceptar os mísseis lançados. O resultado? Nenhuma vítima foi registrada na base catarense.
Fontes iranianas à agência Tasnim e até mesmo o jornal americano The New York Times trouxeram uma informação surpreendente: autoridades iranianas teriam afirmado que coordenaram o ataque com o Catar antes de acontecer, justamente com o objetivo de “minimizar vítimas”.
A resposta pública de Donald Trump, divulgada na rede social Truth Social, foi igualmente notável. Ele descreveu a ação iraniana como uma “resposta muito fraca” aos ataques americanos anteriores. Trump detalhou que 14 mísseis foram disparados, 13 foram derrubados pelas defesas americanas, e um foi “liberado” por estar em uma direção não ameaçadora. Ele enfatizou com satisfação que nenhum americano foi ferido e que os danos foram mínimos.
O presidente fez declarações que chamaram atenção. Ele agradeceu explicitamente ao Irã por “dar um aviso prévio”, o que, segundo ele, permitiu que nenhuma vida fosse perdida. Trump também expressou esperança de que o Irã tivesse “tirado tudo de seu ‘sistema’” e que não haveria mais “ódio”. Ele pediu ao Irã que buscasse “Paz e Harmonia na Região” e prometeu incentivar Israel a fazer o mesmo.
Trump também teve palavras de reconhecimento para o Catar. Ele agradeceu publicamente ao “Altamente Respeitado Emir do Catar por tudo o que ele fez buscando a Paz para a Região”. Destacou novamente que, além de nenhum americano ferido, nenhum catarense também foi morto ou ferido no ataque à base de Al Udeid.
A posição oficial do Catar foi clara e imediata. O governo condenou veementemente o lançamento dos mísseis contra a base em seu território, classificando o ataque do Irã como uma “violação flagrante” de sua soberania. Um comunicado oficial confirmou que as defesas aéreas catarenses frustraram o ataque e interceptaram o míssil iraniano com sucesso.
Do lado iraniano, o então presidente Masoud Pezeshkian usou a rede social Twitter para se manifestar após os lançamentos. Sua mensagem tentou justificar a ação: “Nós não iniciamos a guerra nem a procuramos. Mas não deixaremos a invasão ao grande Irã sem resposta”.
O episódio destacou uma dinâmica complexa e raramente vista. Mesmo em meio a um conflito militar direto, com mísseis sendo disparados, havia indícios de canais de comunicação operando nos bastidores.
A alegação de coordenação prévia para reduzir baixas, combinada com o agradecimento público de um líder americano ao país adversário por um “aviso prévio”, criou um cenário onde força bruta e gestos calculados de contenção pareciam coexistir. A eficiência das defesas aéreas, tanto do Catar quanto dos EUA, também se mostrou um fator crucial para evitar uma tragédia maior.
Esse Donald Trump emite declaração surpreendente após o Irã atacar base aérea dos EUA foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
