Lula diz que vai revogar decreto que impede governo de custear translado de corpos do exterior para o Brasil após morte de Juliana na Indonésia


Jovem de 26 anos foi encontrada morta na terça (24) após cair de uma trilha do segundo maior vulcão na Indonésia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (26), em São Paulo, que vai revogar o decreto que impede o governo federal de custear translados de corpos do exterior para o Brasil.
Ele afirmou ter descoberto, após a morte de Juliana Marins, na Indonésia, um decreto de 2017 que impede que o Itamaraty de custeie o transporte de corpos para o país.
“Quando chegar a Brasília vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas para o corpo dessa jovem vir ao Brasil”, disse.
Lula contou ter conversado por telefone nesta quinta-feira (26) com a família da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha em um vulcão na Indonésia.
O presidente afirmou em uma rede social que determinou ao Itamaraty prestar apoio à família. Segundo o ele, o ministério dará suporte para o translado do corpo até o Brasil.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, publicou Lula em uma rede social.
Na publicação, Lula não detalhou como será dado o apoio para trazer o corpo de Juliana de volta ao Brasil.
Juliana Marins foi achada morta em trilha de vulcão; Monte Rinjani, na Indonésia, em foto de dezembro de 2014
Skyseeker/Flickr/Creative Commons
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🔎A Legislação Brasileira não prevê a obrigação de que o governo arque com o traslado do corpo nem com as despesas de sepultamento de brasileiros mortos no exterior.
Corpo de Juliana Marins é levado a Bali para autópsia
A jovem de 26 anos foi encontrada morta na terça (24) após cair de uma trilha no segundo maior vulcão na Indonésia.
O corpo de Juliana foi recuperado após quase 15 horas de trabalho de agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), forças de segurança do país no Sudeste Asiático.
A família da jovem criticou a demora na tentativa de resgatar Juliana. Em uma postagem na quarta-feira, a família afirmou em que a brasileira foi vítima de negligência.
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, publicou a família.
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