
O ambiente no tribunal de Nova York estava eletrizante na quarta-feira, 2 de julho. Depois de dois longos meses de julgamento, o júri finalmente tinha um veredito para Sean Combs, o magnata da música conhecido mundialmente como Diddy. O processo, centrado em acusações graves de tráfico sexual e prostituição, chegava ao seu clímax com a leitura das decisões.
Combs enfrentou cinco acusações específicas:
1. Conspiração para praticar extorsão (racketeering).
2. Tráfico sexual por força, fraude ou coerção – referente à Vítima 1 (Cassie Ventura).
3. Transporte para fins de prostituição – envolvendo a Vítima 1 (Cassie) e profissionais do sexo.
4. Tráfico sexual por força, fraude ou coerção – referente à Vítima 2 (identificada como “Jane”).
5. Transporte para fins de prostituição – envolvendo a Vítima 2 (“Jane”) e profissionais do sexo.
O júri declarou Sean Combs culpado em duas acusações: transporte para fins de prostituição (referentes às acusações 3 e 5). Estas envolviam organizar ou facilitar a locomoção de indivíduos, incluindo as Vítimas 1 e 2 e profissionais do sexo, com o objetivo explícito de se engajarem em atividades sexuais pagas.
Contudo, o júri absolveu Combs das outras três acusações. Ele foi considerado não culpado das duas acusações de tráfico sexual por força, fraude ou coerção (relacionadas a Cassie Ventura e “Jane”), e também não culpado da acusação de conspiração para extorsão.
Toda a atenção se voltou para a reação do réu enquanto o veredito era anunciado. Segundo relatos da CNN, Combs iniciou o momento com as mãos entrelaçadas no colo, uma imagem de aparente calma. Quando o primeiro “não culpado” foi lido – especificamente para a acusação de tráfico sexual relacionada a Cassie –, testemunhas relataram que ele levou a mão à cabeça, um gesto que pode indicar alívio ou tensão.
A reação mais comentada veio durante a absolvição na segunda acusação de tráfico sexual (relacionada a “Jane”). Fontes presentes afirmaram à CNN que Combs fez um gesto sutil de punho cerrado (“fist pump”), uma demonstração discreta mas perceptível de satisfação pela absolvição nesses dois pontos específicos. Outra cobertura, do Courthouse News, descreveu cenas de Combs “bombeando os punhos e acenando com a cabeça” durante a leitura geral do veredito.
Um momento posterior também chamou a atenção. O advogado de defesa, Marc Agnifilo, pediu que Combs permanecesse em liberdade até a sentença. O juiz questionou se “o Sr. Combs não quer voltar ao MDC?”, referindo-se ao Centro Metropolitano de Detenção de Nova York. Testemunhas afirmaram que Combs respondeu com um vigoroso aceno negativo de cabeça e juntou as mãos em posição de prece, um apelo silencioso para evitar a prisão imediata.
O julgamento teve como figura central Cassie Ventura (Vítima 1), ex-parceira de Combs, que testemunhou contra ele. Ela forneceu detalhes sobre experiências perturbadoras, incluindo alegações de participação forçada em festas explícitas (“freak off parties”) e relatos de abusos físicos e emocionais sofridos durante seu relacionamento com o rapper.
Após o anúncio do veredito, a equipe legal de Cassie Ventura emitiu uma declaração através do advogado Douglas H. Wigdor, transmitida à Sky News. Wigdor destacou que todo o processo criminal teve origem na coragem de Cassie ao apresentar sua queixa civil em novembro de 2023.
Ele reconheceu que, embora o júri não tenha considerado Combs culpado de tráfico sexual contra Cassie além de qualquer dúvida razoável, foi a ação dela que abriu caminho para as condenações por transporte para prostituição. O advogado reiterou o apoio incondicional da equipe a Cassie, elogiando sua “coragem exemplar” ao longo de todo o processo judicial.
A sentença para Sean Combs pelas duas condenações de transporte para fins de prostituição será determinada em data futura. As reações no tribunal, capturadas por observadores atentos, ofereceram um vislumbre raro das emoções do acusado no momento crucial em que seu destino legal começou a ser definido.
Esse Testemunha dentro do tribunal revela forma chocante como Diddy reagiu ao ser considerado culpado em 2 das 5 acusações no julgamento foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.