Relatório da Air India revela o que causou o acidente que matou 260 pessoas

Relatório da Air India revela o que causou o acidente que matou 260 pessoas

O mundo da aviação ainda está se recuperando do choque causado pelo terrível acidente com o voo AI171 da Air India. Agora, um relatório preliminar lança luz sobre os momentos finais da aeronave, mas também tece um mistério intrigante dentro da cabine de comando.

No fatídico dia do acidente, o Boeing 787 Dreamliner, cheio de esperanças rumo a Londres, decolou do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Tragicamente, apenas 30 segundos depois, a viagem terminou em desastre. Dos 242 passageiros e tripulantes a bordo – incluindo 169 indianos, 53 britânicos, um canadense e sete portugueses – apenas um homem de 40 anos, Vishwash Kumar Ramesh, sobreviveu. As outras 241 pessoas perderam a vida.

O desafio imediato para o Escritório de Investigação de Acidentes de Aeronaves da Índia (AAIB) foi encontrar respostas. Uma peça fundamental nesse quebra-cabeça são as famosas “caixas-pretas”: o gravador de dados de voo (FDR) e o gravador de voz da cabine (CVR). Mas a violência do impacto complicou muito as coisas. As caixas-pretas sofreram danos severos, transformando sua recuperação e análise em uma tarefa delicada e demorada, muito além do simples “conectar e baixar”.

Após um meticuloso trabalho, os investigadores finalmente conseguiram acessar as informações. O gravador de voz capturou cerca de duas horas de áudio, incluindo os instantes críticos antes da queda. O gravador de dados, por sua vez, registrou impressionantes 49 horas de informações técnicas. E foi aí que surgiu a primeira pista concreta, e perturbadora.

O relatório preliminar do AAIB revela que, quando o avião atingia cerca de 180 nós (333 quilômetros por hora), algo crucial aconteceu na cabine. Os interruptores de corte de combustível de ambos os motores foram movidos da posição “RUN” (funcionando) para “CUTOFF” (corte) – um após o outro, com apenas um segundo de diferença. Esse corte abrupto de combustível deixou os poderosos motores do Dreamliner sem energia, uma situação catastrófica logo após a decolagem.

Mas quem apertou esses interruptores? E por quê? O mistério se aprofunda com o áudio captado pela caixa-preta. Nas gravações, um dos pilotos é ouvido claramente perguntando ao outro por que ele havia cortado o combustível. A resposta do segundo piloto é igualmente clara e perturbadora: ele afirma que não foi o responsável pela ação.

Esta revelação coloca uma questão fundamental: se nenhum dos pilotos afirma ter acionado os interruptores, como eles mudaram de posição? O relatório preliminar não oferece uma explicação definitiva para isso, nem determina a causa final do acidente. Ele apenas apresenta os fatos técnicos e a conversa gravada como foram encontrados.

A complexidade da investigação é enorme. Como explicou o experiente Capitão Steeeve, analisando o caso, danos às caixas-pretas dificultam muito a extração de dados. Não é como ligar um pendrive. É um processo físico minucioso que exige equipamentos e expertise especializados.

Além disso, o tempo extremamente curto entre a decolagem e o acidente – apenas 30 segundos – significa que os dados relevantes estão concentrados em uma janela mínima. É como tentar desembaraçar um novelo de lã extremamente apertado, onde tudo aconteceu em frações de segundo, em vez de analisar um voo longo com eventos mais espaçados.

Essa complexidade explica o tempo necessário para que até mesmo este relatório preliminar viesse a público. Os investigadores precisam desvendar cada fio desse novelo com precisão absoluta. Cada informação deve ser verificada e re-verificada antes de ser divulgada. Encontrar a verdade, para trazer clareza às famílias enlutadas e prevenir futuras tragédias, é um processo que exige paciência e extrema meticulosidade. As respostas definitivas ainda estão sendo buscadas, linha por linha, nos dados recuperados e nas evidências coletadas. O trabalho do AAIB continua.

Esse Relatório da Air India revela o que causou o acidente que matou 260 pessoas foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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