
Era um dia comum na movimentada cidade de Ahmedabad, na Índia, pouco depois das 13h30, horário local., um avião comercial da Air India, cheio de passageiros com destino a outro ponto do país, subia ao céu após decolar. De repente, o impensável aconteceu. O grande jato, um Boeing 787 Dreamliner, não continuou sua ascensão.
Em vez disso, desviou-se da rota e mergulhou em direção ao solo. Seu alvo foi um prédio de alojamento de uma faculdade de medicina, localizado em uma área residencial densa, a cerca de 1,6 quilômetro da cabeceira da pista.
O impacto foi catastrófico. As 242 pessoas a bordo – passageiros e tripulantes – foram vítimas imediatas, com uma única e milagrosa exceção. Vishwash Kumar Ramesh, um cidadão britânico de 40 anos, conseguiu emergir dos destroços em chamas, o único sobrevivente da aeronave. A tragédia não se limitou ao avião. O choque violento contra o alojamento e outros edifícios próximos tirou a vida de mais 19 pessoas em terra. O saldo final foi de 261 vidas perdidas em poucos instantes.
O que poderia ter causado uma queda tão súbita e devastadora logo após a decolagem? A resposta começou a surgir com a análise das caixas pretas do avião, especialmente a gravação da voz na cabine (Cockpit Voice Recorder – CVR). O conteúdo dessa gravação revelou uma conversa perturbadora entre o piloto e o co-piloto nos momentos finais, lançando mais dúvidas do que certezas.
O relatório final da Agência de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia, divulgado em 11 de julho, detalha uma sequência técnica crucial. O avião atingiu sua velocidade máxima registrada de cerca de 333 km/h (180 nós) às 08:08:42 UTC (que corresponde a 13:38:12 no horário local da Índia).
Imediatamente após esse momento, algo crítico aconteceu: os interruptores que controlam o fornecimento de combustível para o motor 1 e o motor 2 foram movidos da posição “RUN” (funcionando) para “CUTOFF” (cortado), um após o outro, com apenas um segundo de diferença. Sem combustível, os motores começaram a perder potência rapidamente.
Foi neste instante de falha catastrófica que a gravação capturou a troca angustiante na cabine. Um dos pilotos é ouvido claramente questionando o outro: “Por que você cortou [o combustível]?”. A resposta do outro piloto foi igualmente clara e alarmante: “Eu não fiz isso!”. Este diálogo sugere que nenhum dos dois comandantes admitiu ter tocado nos interruptores que desligaram o fluxo vital de combustível para os motores.
O relatório confirma que o avião carregava 54.200 quilogramas de combustível no momento da decolagem, uma quantidade dentro dos limites operacionais permitidos. A análise dos dados dos gravadores de voo (Enhanced Airborne Flight Recorders – EAFR) mostra que os pilotos tentaram, freneticamente, reverter a situação.
Por volta das 08:08:52 UTC, o interruptor de combustível do motor 1 foi movido de volta para “RUN”. Pouco depois, às 08:08:56 UTC, o mesmo foi feito com o interruptor do motor 2. Quando estes interruptores são reposicionados em “RUN” durante o voo, o sistema computadorizado que gerencia os motores (chamado FADEC) deve automaticamente tentar religar os motores e restaurar o empuxo.
Infelizmente, não houve tempo suficiente. A perda de potência dos motores foi imediata e a altitude era muito baixa para uma recuperação. O avião, já incontrolável, caiu. O impacto devastador atingiu cinco edifícios no total, causando danos estruturais gravíssimos.
O combustível remanescente e os materiais inflamáveis desencadearam um enorme incêndio após a colisão, consumindo os destroços e partes das construções atingidas, amplificando a destruição e dificultando os esforços de resgate. A conversa na cabine permanece como um eco perturbador da confusão e do desespero que precederam o fim.
Esse Conversa arrepiante que os pilotos tiveram segundos antes do acidente da Air India que matou 260 pessoas foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.