
A história de Aileen Wuornos já é sombria por si só: condenada à morte pela execução de sete homens na Flórida entre 1989 e 1990, enquanto trabalhava como prostituta nas estradas. Ela sempre afirmou ter agido em legítima defesa, após sofrer violência sexual. O sistema de justiça não acreditou, e ela foi executada por injeção letal em 9 de outubro de 2002, aos 46 anos.
Porém, uma entrevista gravada pouco antes de sua morte ressurge periodicamente, causando calafrios. Foi parte do documentário verdadeiro “Aileen: Vida e Morte de uma Serial Killer”, do cineasta Nick Broomfield. Nele, Wuornos lança uma acusação perturbadora que vai muito além de sua defesa inicial.
Quando Broomfield lhe perguntou por que matou sete homens em apenas doze meses, sua resposta foi direta e sinistra: “Porque a polícia deixou eu continuar matando eles, Nick, você não entende?”. Ela não parou por aí. Wuornos insistiu que os policiais já a estavam seguindo e, deliberadamente, permitiram que ela continuasse assassinando seus clientes.
O diretor, buscando clareza, argumentou que a maioria das pessoas, mesmo em situações difíceis, não recorre ao assassinato. Wuornos, visivelmente irritada, elaborou sua teoria macabra: “Ah, você está perdido, Nick. Eu era uma prostituta que fazia carona, sempre me metendo em confusão. Eu atirava no cara se encontrasse problema, problema físico, os policiais sabiam disso. Quando a leva de problemas físicos chegou, eles pensaram ‘deixa ela limpar as ruas, depois a gente prende’. É por isso que aconteceu”.
É crucial notar: Wuornos nunca apresentou qualquer evidência concreta para sustentar essa acusação grave contra a polícia da Flórida. Sua afirmação permanece como uma declaração chocante, sem comprovação.
Broomfield, que conviveu com Wuornos durante as filmagens, ofereceu uma perspectiva complexa sobre seu estado mental. Em entrevistas posteriores, ele descreveu uma mulher consumida por uma raiva profunda.
“Acho que essa raiva se desenvolveu dentro dela. Ela trabalhava como prostituta. Tive a impressão de que teve muitos encontros horríveis nas estradas. E acho que essa raiva simplesmente transbordou de dentro dela. E finalmente explodiu. Em uma violência incrível. Essa era a maneira dela de sobreviver”, refletiu o diretor.
Ele também ponderou sobre a convicção de Wuornos em sua defesa: “Acho que Aileen realmente acreditava que tinha matado em legítima defesa. Acredito que alguém com a saúde mental profundamente abalada talvez não consiga distinguir entre algo que é uma ameaça à vida e um desentendimento menor… uma palavra que ela não concordasse podia levá-la a um acesso de fúria negra. E acho que foi isso que causou essas coisas”.
Mas Broomfield também destacou um contraste angustiante: “Ao mesmo tempo, quando ela não estava naqueles humores extremos, havia uma humanidade incrível nela”. Essa dualidade – a violência brutal e lampejos de humanidade – permanece como um dos aspectos mais intrigantes e perturbadores do caso Aileen Wuornos.
Sua acusação contra a polícia, embora sem provas, adiciona mais uma camada de mistério e horror à sua história já tenebrosa. A entrevista continua a circular, um registro fantasmagórico das justificativas finais de uma das assassinas em série mais notórias da América.
Esse Filmagem assustadora de uma entrevista com a notória serial killer Aileen Wuornos sugerem teoria arrepiante pouco antes de sua execução foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.