O cenário montado a beira do famoso Lago Leman foi o palco que recebeu o mágico encontro da diva Diana Ross com o icônico Montreux Jazz Festival na noite da última sexta-feira (11), na cidade de Montreux, Suíça. A “Suprema Diva”, como foi chamada pelo MJF, fez uma retrospectiva de sua carreira tanto nas músicas como nos vídeos, fotos e imagens de shows icônicos eram projetados no telão que compunha o imenso cenário.

Diana Ross retornou aos palcos do festival após três anos de sua estreia e cantou sucessos do soul e da disco que fizeram parte das diferentes fases de sua carreira tais como Upside Down, Baby Love, You Can’t Hurry Love, Come See About Me, Stop! In the Name of Love, I’m Coming Out, Reach Out and Touch, The Boss. A música Don’t Explain, de Billie Holiday, e I will survive foram outras das apresentadas por Ross no MJF. Antes de chamar sua filha Tracee Ellis Ross ao palco do espetáculo onde fizeram um dueto Diana Ross disse que o show não era um momento político e sim artístico.

O português Jorge Lucio Marques, que veio a Suíça especialmente para ver Diana Ross no MJF, disse que o show “foi um mix de emoções, pois estar num festival icônico que a gente passou a vida inteira ouvindo falar do Festival de Montreux e estar pessoalmente nele e assistindo Diana Ross, que marcou a infância, e ouvi-la cantando Endless Love, uma marca da nossa adolescência, da minha faixa etária, foi simplesmente emocionante. Eu fiquei emocionado, os olhos marejaram, confesso, e adorei, adorei o show, muito bom”.

Na opinião do jornalista brasileiro Vicente Nunes, que atualmente vive em Portugal e veio pela primeira vez ao MJF, o show foi maravilhoso e ele ficou impressionado com a vitalidade da Diana Ross no palco e com a qualidade musical da banda que a acompanhava. Para Vicente, ela fez um show super correto cantando sucessos mais antigos da época do The Supremes, depois músicas da carreira solo.
“Ross demonstrou o quanto continua atual, pois encerrou o show com I will survive num momento em que você vê tanta perseguição a comunidade LGBTQI+, pois esta música é um hino da comunidade, e representa esta força de resistência, então eu realmente fiquei muito feliz por ter podido assistir este show.” Nunes também observou a qualidade da infraestrutura do MJF.
O iluminador brasileiro

O Brasil estava presente no show da Diana Ross no festival através do trabalho do paraibano Washington Espínola, que é iluminador no MJF, compositor, cantor e professor de música aposentado da International School de Genebra. Sua participação como iluminador em Montreux iniciou em 2001 quando substituiu o também brasileiro Edmundo Timm.
“Já no primeiro ano eu trabalhei pra David Bowie, Radiohead e João Gilberto”, afirma ele. Trabalhar num show de Diana Ross, segundo Washington, “é sempre uma experiência fantástica. Esse é o segundo show dela que eu faço em Montreux. O primeiro foi há três anos. E ela é uma diva. Uma das últimas divas da soul music. Então é uma emoção grande, grandes músicos no palco, a voz dela está boa ainda. Ela é uma das poucas artistas que ainda, com a idade que tem, continua a cantar bem”.

O post Diana Ross retorna ao Montreux Jazz Festival apareceu primeiro em Brasil de Fato.