A funcionária que está sendo acusada por um médico de ter desviado R$ 100 mil de uma clínica em Feira de Santana, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (17). O médico cirurgião de face, Márcio Freitas, registrou uma queixa na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), na quarta-feira (16), afirmando ter sido vítima de um desfalque de cerca de R$100 mil.
Péricles Novaes, advogado de defesa da funcionária, conversou com o Acorda Cidade e negou que tenha ocorrido o desvio do dinheiro.
“Essa acusação contra a minha cliente precisa de uma prova, e essa prova será discutida no decorrer do processo. Os fatos serão bem apurados. A defesa já conhece as provas que existem, as provas materiais por meio de documentos. Tivemos o cuidado de guardar o celular dela porque estamos tratando de um processo com uma acusação muito grave”, informou.
O advogado garantiu que a prova da inocência da funcionária surgirá a partir dos documentos que serão requisitados em juízo, junto ao Ministério Público. Ele afirmou que não pode divulgar muitas informações para não prejudicar o caso.
“Não houve desvio da forma que está sendo dito. O que estão dizendo não procede, e isso será provado mais adiante. Não posso falar muita coisa para não prejudicar a defesa. Mas para que todos entendam: se você vende um produto por R$ 80, eu vendo por R$ 90 e lhe passei os R$ 80, qual o crime que cometi? Ela vai apresentar as provas, que comprovarão a inocência”, afirmou Péricles Novaes ao Acorda Cidade.
O advogado também afirmou que sua cliente está sendo prejulgada neste momento. Segundo ele, a funcionária trabalhava na clínica há cerca de quatro anos, “sempre de forma honrada e honesta”.
“Tivemos uma reunião com algumas pessoas da empresa, mas a conversa não foi amistosa, e entendemos que seria melhor nos retirar. Agora vamos discutir judicialmente, cada um usando as armas que tem”, acrescentou.
A reportagem do Acorda Cidade procurou o médico, mas ele afirmou que não comentará mais sobre o assunto.
Relembre o caso
Ao Acorda Cidade, o delegado José Marcos, titular da DRFR, informou que a principal suspeita é uma funcionária da clínica, que teria desviado pagamentos de pacientes através de alterações no destino das transferências por meio de uma maquineta, segundo o médico, falsa.
Conforme o delegado, a funcionária, que trabalhava no setor financeiro, destinava os valores pagos pelos pacientes para uma conta sob seu controle. O médico apresentou extratos e documentos que indicam a existência da fraude, mas a delegada destaca que a investigação está na fase inicial.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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