
Davi Alcolumbre, presidente do Senado, em 3 de junho de 2025
Reuters/Adriano Machado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou nesta sexta-feira (18) que vai manter o recesso parlamentar até o dia 4 de agosto, mesmo após pedidos da oposição ao governo Lula de cancelamento das férias dos parlamentares.
“O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, reitera que o recesso parlamentar de julho está mantido, conforme amplamente e previamente anunciado. Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões”, afirmou Alcolumbre em comunicado.
Senadores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, disseram em uma coletiva nesta sexta que iriam pedir ao presidente do Senado o fim do recesso parlamentar.
A coletiva foi convocada após Bolsonaro ser alvo de uma operação da Policia Federal. Para o ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente confessou de forma “consciente e voluntária” uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira e que agiu com o filho Eduardo para “interferir no curso de processos judiciais”.
“Na segunda-feira (21) será feito o pedido conjunto, unindo todas as lideranças dos outros partidos que não puderam nesta sexta-feira, primeiro dia do recesso, estarem presentes. Será feito um manifesto e encaminhado para que volte às funções o Congresso Nacional”, disse o líder do PL, Carlos Portinho.
Apesar da fala do parlamentar de oposição, Alcolumbre afirmou, em nota, que as atividades do Legislativo só serão retomadas no dia 4 de agosto.
Constitucionalmente, o recesso inicia em 18 de agosto, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja analisada pelos congressistas – o que não aconteceu.
Mesmo assim, Alcolumbre decidiu por uma realização informal do intervalo para férias de deputados e senadores, o que já ocorreu diversas vezes na história do Parlamento brasileiro.