
Só na última semana, o Espírito Santo registrou dois casos de ataques violentos de cães da raça Pitbull a pessoas. As vítimas foram uma criança de 1 ano e 7 meses, ferida em Marataízes, e um adolescente de 17 anos, atacado por três cachorros na Serra.
Diante das situações, muitos se perguntam se a criação pode influenciar no comportamento do animal. Afinal, é possível evitar os ataques dos cães Pitbull?
O adestrador Agostinho Pereira Neto diz que, se bem treinado, o cachorro não apresenta risco a outros animais e seres humanos.
O profissional também ressalta que o uso de equipamento de segurança é indispensável na hora do passeio, independentemente do porte do cão. “A ordem é: guia, coleira e focinheira”.
O Pitbull por si só, explica Agostinho Neto, é inofensivo. “Ele não é agressivo, inclusive é considerado um cão de família”.
No entanto, ele pontua que é preciso se preparar para ter um cachorro da raça:
Primeiro passo é pensar na sua disponibilidade para a vida desse cachorro. É preciso pautar a socialização desse cão com pessoas e outros animais; e estímulos de gastos de energia, tanto mentais quanto físicos.
O delegado Leandro Piquet, responsável pelo Núcleo de Proteção Animal (NPA) da Delegacia de Meio Ambiente (DEPMA) do Espírito Santo, concorda e ressalta que o ambiente doméstico faz diferença:
“A relação do cachorro com o tutor vai refletir em seu comportamento. Se for um cachorro criado, desde novo, com amor e carinho, se relacionando com outros animais, a tendência é que ele seja um cachorro tranquilo e dócil”.