Homenageado em Vitória, Ney Matogrosso diz estar satisfeito com tudo que fez

Ney Matogrosso no Espírito Santo
Ney Matogrosso recebeu prêmio em festival de cinema capixaba (Foto: Thiago Soares/Folha Vitória)

Ney Matogrosso chega ao Espírito Santo para receber a principal honraria do 32º Festival de Cinema de Vitória, nesta quinta-feira (24). Para o artista, ser premiado pelo cinema é sinal de acolhimento por um espaço ao qual sempre desejou pertencer.

“Eu fico feliz, porque então estão me considerando do cinema também. E eu gostaria muito de pertencer ao cinema. Sempre gostei de cinema, desde criança. Matava aula para ir ao cinema”, relembrou.

Como parte da homenagem, o primeiro longa protagonizado pelo cantor, “Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha” (2010), de Helena Ignez e Ícaro C. Martins, foi exibido na sessão de encerramento do festival.

Com mais de cinco décadas de carreira e recente sucesso estrondoso de Homem com H, o artista vive o momento com serenidade.

Estou satisfeito com todas as coisas que fiz. Canto só o que quero cantar. Sempre vivi minha vida independentemente de qualquer coisa. Fico muito feliz em estar estimulando as pessoas a viverem a própria verdade. Somos cada um no universo, e temos que manifestar isso.

Ney Matogrosso

Ney Matogrosso no Espírito Santo
Ney afirmou que não faz apologia a nada, apenas à liberdade (Foto: Thiago Soares/Folha Vitória)

Questionado sobre como imaginava o futuro quando lutava por liberdade há 50 anos, especialmente diante da onda de conservadorismo no Brasil, inclusive entre os jovens, Ney foi direto:

“Cada momento é cada momento. Acho que as pessoas estão se esquecendo delas. Na medida em que um jovem fica problemático e moralista, ele está se esquecendo dele, da vida dele. Eu não faço apologia a nada, mas faço apologia à liberdade. À liberdade de expressão, à liberdade individual”, disse.

Conexão com o Espírito Santo

Quem assistiu Homem com H sabe que Ney mantém uma relação de carinho com o Estado, já que seu primeiro amor foi capixaba. Chamado de “Cato” no filme, o rapaz era seu colega de quartel na época em que serviu à Aeronáutica.

A gente tinha 17 anos. Quando se via, atraía. Mas nunca rolou nada. [Quando nos reencontramos] ele era casado, tinha filhos. O que acontece no filme é o que também aconteceu na vida real, garantiu.

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