Jovem de 18 anos rompe com pais adotivos após eles faltarem à formatura para comprar um “raro” Labubu para a irmã

Jovem de 18 anos rompe com pais adotivos após eles faltarem à formatura para comprar um "raro" Labubu para a irmã

O mundo dos brinquedos colecionáveis vive uma febre específica: Labubu. Essas criaturinhas de pelúcia, com um visual intencionalmente estranho e fofinho ao mesmo tempo, dominam o interesse de crianças e adultos.

A busca por “Labubu” no Google explodiu, ultrapassando 48 milhões de pesquisas apenas no último mês. Paralelamente, quase 500 mil pessoas buscaram por “Labubu falso”, indicando a alta demanda e o mercado paralelo que surgiu em torno desses itens.

Lançada há seis anos em parceria com a empresa chinesa Pop Mart, a Labubu evoluiu de um simples brinquedo para um verdadeiro fenômeno cultural e objeto de desejo. O fascínio é tanto que colecionadores pagam verdadeiras fortunas por versões consideradas raras. Um caso recente, relatado anonimamente por uma jovem de 18 anos na plataforma Reddit, ilustra de forma extrema o poder que esses bonecos podem exercer, chegando a afetar laços familiares.

A jovem contou que foi adotada ainda bebê por um casal que, na época, enfrentava problemas de fertilidade. Oito anos depois, os pais receberam a “milagrosa” notícia de que teriam uma filha biológica, apelidada de “Princesa”, hoje com 10 anos.

Segundo a narração da adolescente, Princesa cresceu sendo claramente a filha preferida, mimada e sem nunca enfrentar consequências por seu comportamento. “Ela nunca se metia em problemas, estava sempre certa, ganhava TUDO o que queria e agia COMO quisesse”, escreveu.

A relação da jovem de 18 anos com os pais adotivos já era distante. Ela possuía carro, um namorado estável desde o segundo ano do ensino médio, e passava a maior parte do tempo na casa dele, onde se sentia acolhida. Seus pais pareciam indiferentes a essa rotina, o que a levou a também se distanciar emocionalmente. No entanto, o ponto de ruptura definitivo aconteceu no dia de sua formatura do ensino médio.

Apaixonada pela coleção Labubu, Princesa descobriu que um exemplar considerado extremamente raro estava à venda em sua cidade naquele dia exato. Os pais, em vez de negociar a compra para outro dia ou mesmo pedir para alguém buscá-lo, decidiram sair pessoalmente durante a cerimônia de formatura da filha mais velha. Essa decisão os fez perder a maior parte do evento, chegando apenas para o final.

O preço pago pelo boneco raro foi astronômico: cerca de R$ 1.750 (convertido de USD 350). Em contraste, o presente de formatura dado à adolescente custou aproximadamente R$ 750 (USD 150). A diferença de valor e, principalmente, de prioridade, foi o estopim. Profundamente magoada, a jovem ignorou os pais após a formatura e foi direto para a casa do namorado. Decidiu então cortar totalmente o contato. “Basicamente me mudei para a casa dele… quando voltei para ‘casa’ foi apenas para pegar minhas coisas”, relatou.

Os pais tentaram se desculpar incessantemente: ligações, mensagens, visitas à casa do namorado onde ela estava, pedidos de perdão. O ápice do desentendimento, segundo ela, foi quando os pais interpretaram sua mágoa como sendo sobre o valor do presente e tentaram enviar mais dinheiro, o que ela recusou. A jovem manteve-se firme na decisão de não falar mais com eles.

O caso, compartilhado online, levantou uma onda de discussões. Como um boneco de pelúcia, por mais raro e valioso que seja, pode se tornar mais importante do que presenciar um marco na vida de uma filha? A febre Labubu, com seus milhões de buscas e colecionadores ávidos, demonstra o fascínio que esses objetos exercem.

Mas a história da jovem do Reddit coloca um ponto de interrogação perturbador: até que ponto essa paixão por um brinquedo pode desequilibrar valores e prioridades fundamentais dentro de uma família? O valor de mercado de um item colecionável pode realmente superar o valor simbólico de um momento único?

Esse Jovem de 18 anos rompe com pais adotivos após eles faltarem à formatura para comprar um “raro” Labubu para a irmã foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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