
Moraes fala na reabertura do Supremo
Reprodução/TV Justiça
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes agradeceu nesta sexta-feira (1º) as palavras dos ministros da Corte em defesa a ele — diante das sanções impostas a ele pelos Estados Unidos.
Segundo Moraes, uma organização criminosa age de forma “covarde e traiçoeira ao crivo de um Estado estrangeiro”.
“Temos visto recentemente as ações de diversos brasileiros que estão sendo ou processados pela PGR ou investigados pela PF, estamos vendo diversas condutas dolosas e conscientes de uma organização criminosa que age de maneira covarde e traiçoeira, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento do STF ao crivo de autoridade estrangeira”, afirmou Moraes.
O ministro fez o pronunciamento durante a cerimônia de abertura do semestre Judiciário, após o recesso de julho.
Ele foi o terceiro a falar após o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e o decano do STF, Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes afirma que acompanha com ‘perplexidade’ escalada de ataques aos ministros do STF
Lei Magnitsky
No início da semana, Moraes foi alvo de sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, com base na chamada Lei Magnitsky.
Originalmente, a norma norte-americana foi criada para punir indivíduos envolvidos com abusos de direitos humanos, corrupção ou que facilitem essas práticas. Caso de Moraes se diferencia porque tem motivações políticas.
Ele é o primeiro brasileiro, e primeiro integrante de uma Suprema Corte, a ser sancionado com base na legislação.
As medidas, que incluem bloqueio de bens e proibição de transações financeiras, causaram forte reação no governo brasileiro e no Judiciário.
Ministros como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, políticos como o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já se manifestaram publicamente em apoio a Moraes.
O presidente Lula soltou uma nota de repúdio à medida de Trump e tem se reunido com membros do STF para alinhar uma estratégia de defesa da Corte.
– Esta reportagem está em atualização