
O mundo nuclear desperta fascínio e medo, especialmente após eventos como Chernobyl. Mas muito antes disso, um homem desafiava publicamente o temor em torno da radioatividade de uma forma que chocaria qualquer um: colocando urânio na boca.
Galen Winsor não era um aventureiro qualquer. Era um químico nuclear com experiência de peso. Sua jornada começou nos anos 1950, trabalhando diretamente com material radioativo. Ele operou e até processou a extração de plutônio na instalação nuclear de Hanford, em Washington. Lá, era responsável por medir e controlar o estoque e o armazenamento de combustível nuclear. Essa vivência profunda moldou sua visão.
Winsor acreditava firmemente que os perigos da radiação nuclear eram enormemente exagerados e que a indústria sofria com excesso de regulamentação. Para espalhar suas ideias, ele viajou pelos Estados Unidos, dando palestras, participando de programas de rádio e produzindo vídeos. Muitas dessas apresentações eram feitas sob os auspícios da conservadora John Birch Society, focando no Noroeste do país.
O momento mais extraordinário ocorreu em 1985, capturado em vídeo. Winsor, durante uma palestra, segurou um frasco contendo o que ele afirmava ser óxido de urânio radioativo. O simples nome da substância já causa arrepios.
Mas Winsor foi além. Ele narrou um episódio anterior: “O estado de Washington enviou dois de seus agentes da Gestapo à minha casa para confiscar minhas amostras de urânio”. A escolha da palavra “Gestapo” revela sua visão crítica sobre a fiscalização.
Diante da plateia atônita, ele então realizou o inacreditável: levou o pó à boca e engoliu. O silêncio deve ter sido cortante. Imediatamente após, para provar seu ponto, ele usou um contador Geiger na própria língua.
O aparelho, claro, registrou a radiação. Com um tom irônico, ele declarou: “O que acabei de fazer me transforma em lixo nuclear de alto nível. De acordo com as regulamentações federais, terão que me enterrar 3.000 pés em Carlsbad, Novo México”. Ele mesmo admitia que as plateias “enlouqueciam” com essa demonstração.
Galen Winsor faleceu em 2008, aos 82 anos, mais de duas décadas depois de ingerir o óxido de urânio. Seu obituário não divulgou a causa específica da morte, deixando espaço para especulações. O vídeo dessa performance chocante ressurgiu várias vezes na internet. Comentários o celebram como “uma lenda absoluta” e argumentam que sua longevidade prova que pequenas quantidades não são perigosas: “Ele viveu até os 82 anos, o que mostra como realmente não é perigoso em pequenas porções”.
No entanto, é crucial entender: especialistas em saúde e radiação alertam veementemente que a ingestão de urânio **não** é segura. O urânio é um metal pesado quimicamente tóxico, independente da radioatividade.
Fontes como o site How Stuff Works indicam que consumir apenas 25 miligramas pode causar danos severos e imediatos aos rins. Uma dose de 50 miligramas tem potencial letal. Além disso, permanece a dúvida: o pó que Winsor ingeriu era realmente urânio puro e na quantidade que parecia? Essa incerteza nunca foi totalmente esclarecida.
A história de Galen Winsor permanece como um capítulo bizarro e polêmico na relação entre humanos e a energia nuclear. Sua ação foi uma demonstração radical de suas convicções, uma tentativa de combater o que via como histeria. Mas serve também como um alerta: replicar tal ato é extremamente perigoso e desaconselhado por qualquer padrão de segurança científica. A controvérsia sobre os riscos reais da radiação em baixas doses continua, mas ninguém deveria tentar resolvê-la engolindo urânio.
Esse Momento chocante em que químico nuclear ‘comeu urânio’ para ‘provar que era inofensivo’ foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.