
A história de Jaysen Carr, um menino de 12 anos cheio de vida, terminou de forma súbita e devastadora duas semanas após um dia aparentemente comum de verão. Jaysen nadou no Lago Murray, na Carolina do Sul, Estados Unidos. O que seus pais, Clarence e Ebony Carr, não podiam imaginar é que aquele mergulho traria uma consequência inimaginável.
Dias depois da natação, Jaysen começou a se sentir mal. Primeiro foram fortes dores de cabeça. Rapidamente, os sintomas pioraram: náuseas intensas e desorientação tomaram conta dele. A causa era assustadora e rara: uma ameba microscópica, chamada Naegleria fowleri, havia entrado em seu corpo durante o banho de lago. Esse organismo unicelular invadiu pelo nariz de Jaysen.

Jaysen Carr, de 12 anos, morreu após nadar em um lago (GoFundMe)
Uma vez dentro, a ameba seguiu um caminho específico e fatal: subiu pelo nervo olfativo, que está ligado ao sentido do olfato e fica atrás do nariz. Seu destino final foi o cérebro do menino. Lá, a Naegleria fowleri começou a destruir o tecido cerebral, provocando uma infecção gravíssima conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária (PAM).
Essa doença é extremamente incomum, mas sua letalidade é assustadoramente alta. A infecção quase sempre leva à morte. O padrão mais comum de contágio envolve nadar ou mergulhar em águas doces, mornas e paradas – como lagos, rios e lagoas termais – especialmente durante os meses mais quentes.
Ao submergir a cabeça, a água contaminada pode forçar a entrada da ameba pelas cavidades nasais. Existem registros ainda mais raros de infecção ligados à lavagem nasal com água da torneira não tratada adequadamente.
Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças (CDC) observa que a maioria dos casos acontece nos estados do sul, onde as águas atingem temperaturas mais altas. O desfecho, quando ocorre a infecção, é quase invariável: a morte costuma acontecer cerca de cinco dias após o surgimento dos primeiros sintomas. A morte de Jaysen, infelizmente, confirma essa triste estatística. Ele foi hospitalizado, mas não resistiu à infecção. Este foi o primeiro caso registrado na Carolina do Sul desde 2016.
Agora, Clarence e Ebony Carr enfrentam uma dor incomensurável. Jaysen era seu filho do meio, entre uma irmã mais velha e um irmão mais novo. Sua mãe, Ebony, o descreve como um “grande irmão mais velho” e um “ótimo exemplo”. Ela destaca seu amor, sua compaixão, seu talento atlético e, principalmente, seu grande sorriso, que cativava a todos. Ele também protegia a irmã mais velha com carinho.

Sua família quer mais conscientização sobre a infecção que tirou a vida do filho (GoFundMe)
Diante desta perda irreparável, os Carr têm uma mensagem clara e urgente para compartilhar. Ebony Carr afirma com convicção: “Se soubéssemos do risco de nadar naquele lago, ninguém jamais teria escolhido entrar. Então, nós definitivamente queremos que o público saiba que existem riscos significativos ao nadar no Lago Murray e em qualquer outro corpo de água.” A família insiste na necessidade vital de maior conscientização sobre a existência da Naegleria fowleri e do perigo que ela representa.
A dor da perda é acompanhada por desafios práticos. Para ajudar a família Carr durante este momento de luto intenso, uma campanha no GoFundMe foi organizada.
O objetivo é aliviar um pouco o peso financeiro enquanto eles navegam pela imensa tristeza de perder Jaysen. Sua história, embora trágica, serve como um alerta crucial sobre um perigo oculto nas águas quentes que tantas famílias desfrutam. Conhecer os riscos, por mais raros que sejam, pode fazer a diferença.
Esse Pais emitem alerta após filho de 12 anos morrer por “infecção que come o cérebro” causada por ameba contraída durante natação foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.