
Na última semana, cerca de 50 médicos oftalmologistas se reuniram em Vitória para discutir avanços recentes na cirurgia refrativa. O encontro, promovido pelo Hospital Digital de Olhos do Espírito Santo (HOES), teve como destaque a apresentação de uma nova geração de tecnologia diagnóstica e terapêutica que promete transformar a forma como os procedimentos são planejados e realizados.
O equipamento em questão é o Wavelight plus, aliado ao sistema Sightmap, que traz um novo olhar sobre a personalização da cirurgia para correção de miopia e astigmatismo miópico. A proposta rompe com os modelos padronizados utilizados até então, ao incorporar a análise individualizada de todo o sistema óptico do paciente.
No centro dessa inovação está a tecnologia de “ray tracing”, que permite calcular com mais precisão o perfil ideal de ablação da córnea, com base nas características ópticas únicas de cada pessoa. A ferramenta realiza esse cálculo de forma iterativa, o que amplia a capacidade de alcançar resultados mais eficazes e personalizados.
O destaque do sistema também está no Sightmap (InnovEyes™️), um equipamento que combina, em um só exame, três análises essenciais: aberrometria de frente de onda, tomografia do segmento anterior e medição do comprimento axial do olho. A partir desses dados, é possível construir um modelo tridimensional detalhado do sistema ocular, indo além da córnea e considerando também estruturas internas como o cristalino — algo inédito na prática clínica até então.
Avanços e Tecnologia na Oftalmologia
Para o oftalmologista Rodrigo Carvalho Amador, que acompanhou de perto a chegada da tecnologia ao estado, a novidade representa mais do que um avanço técnico: “Com o Wavelight plus e o Sightmap, passamos a oferecer uma abordagem ainda mais segura e precisa, que respeita a anatomia e o sistema óptico de cada indivíduo. Isso impacta diretamente na qualidade da visão e, consequentemente, na qualidade de vida dos pacientes”.
A iniciativa do HOES reforça o compromisso da comunidade oftalmológica capixaba com a atualização científica e a busca por soluções que ampliem a segurança e a efetividade dos tratamentos oferecidos à população. Como destacou o encontro, o futuro da cirurgia refrativa caminha para uma medicina cada vez mais individualizada e baseada em dados.