
Motta diz que estuda punições para motim
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), discute o tamanho da suspensão de deputados que ocuparam e resistiram a liberar a Mesa Diretora durante o motim no Congresso, que acabou na quarta-feira (6) após 36 horas.
Há vários nomes de deputados que devem ser punidos, mas ao menos três deles são cartas certas: Marcel van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC). Os três tiveram atuação mais ostensiva, e será possível individualizar a conduta de cada um no episódio.
Segundo interlocutores, Zé Trovão, por exemplo, botou o pé para impedir a passagem de Hugo Mota na escada que dá acesso à mesa. Ele chegou a perguntar para os outros deputados se liberariam, ou não, o acesso. Já o deputado Marcos Pollon sentou na cadeira do presidente da Câmara, e Van Hatten sentou em outra cadeira, mas na posição da Presidência da Casa.
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O que a Mesa Diretora ainda analisa é o tamanho da suspensão, mas o que se cogita é que seja pelo tempo máximo que o regimento interno da Câmara permite: 6 meses.
Ocupação bolsonarista
Sessão na Câmara dos Deputados
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A ocupação da Mesa Diretora do plenário da Câmara começou na terça (5) e se estendeu até a noite de quarta-feira (6), impediu o funcionamento das sessões da Casa.
Os oposicionistas agiram em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado e investigado por atrapalhar o processo.
A ação dos aliados de Bolsonaro atrasou votações e obrigou negociações para que os trabalhos legislativos fossem retomados.
Na quarta-feira (6), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), precisou negociar diretamente com os deputados para conseguir reassumir a condução da sessão. No Senado, senadores oposicionistas também resistiram a deixar a Mesa.