Prevenção desde cedo: cardiologista alerta para riscos do colesterol alto em crianças, jovens e idosos

obesidade infantil
Foto: Freepik

No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado nesta sexta-feira, 8 de agosto, o cardiologista Luciano Bastos reforça a importância da prevenção contra os níveis elevados de colesterol, que podem afetar a saúde desde a infância até a terceira idade. Segundo ele, a adoção de hábitos saudáveis deve começar ainda nos primeiros anos de vida, evitando complicações como infarto e AVC no futuro.

Médico Cardiologista Luciano Bastos
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O colesterol é um tipo de gordura essencial ao organismo, envolvido na formação celular e no fornecimento de energia. Porém, quando em excesso, especialmente o LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, pode causar o entupimento dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares”, explicou o médico. Já o HDL, o chamado “colesterol bom”, atua removendo o excesso de LDL das artérias.

Ao Acorda Cidade, o cardiologista destaca o crescimento dos casos de colesterol alto entre crianças e adolescentes, o que atribui principalmente ao estilo de vida moderno. “Temos visto crianças cada vez mais sedentárias, presas às telas, com pouca atividade física e alimentação baseada em produtos ultraprocessados, como fast food e alimentos de preparo rápido, ricos em gorduras ruins”, afirmou.

Para o médico cardiologista Luciano Bastos, o colesterol alto é, em geral, uma condição silenciosa. No entanto, o especialista explica que alguns sinais podem surgir, como manchas amareladas na pele ou nas pálpebras, sintomas mais comuns em casos de dislipidemia familiar. “Por isso, é importante observar o histórico familiar. Se há casos de colesterol alterado em parentes próximos, é preciso redobrar a atenção”, orienta.

Segundo o especialista, o excesso de colesterol desde a infância pode comprometer a saúde ao longo da vida. “É o que colhemos no futuro. O número de jovens infartando tem aumentado, e isso tem relação direta com hábitos adquiridos na infância. O colesterol elevado provoca lesões nos vasos que se acumulam ao longo do tempo.”

De acordo com o médico, os cuidados com o colesterol devem ser mantidos também na terceira idade. “É comum ouvirmos: ‘já infartei, já tive AVC, agora não tem mais o que fazer’. Mas é justamente o contrário. O controle continua sendo fundamental para evitar recorrências e complicações ainda mais graves”, afirmou ao Acorda Cidade.

Ele ressalta que a alimentação equilibrada, com redução do consumo de gorduras saturadas e trans, e a prática regular de atividade física são essenciais em todas as fases da vida.

Além dos fatores comportamentais, a genética também influencia nos níveis de colesterol. “Quando há histórico familiar, muitas vezes nem mesmo uma alimentação saudável e a prática de exercícios são suficientes. Nesses casos, o uso de medicamentos pode ser necessário, sempre com acompanhamento médico”, destacou.

O médico Luciano Batos reforçou a importância de consultas regulares e exames laboratoriais para o diagnóstico precoce. “Basta ir a um posto de saúde da família para realizar exames simples que ajudam a identificar alterações. Quanto antes descobrirmos, mais eficaz é o tratamento”.

Por fim, o médico cardiologista fez um apelo aos pais e responsáveis: “Precisamos incentivar desde cedo uma alimentação balanceada e o hábito da atividade física. Esses cuidados formam adultos mais saudáveis e reduzem significativamente os riscos de doenças cardiovasculares no futuro”.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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