‘Se for polícia vai morrer’: testemunhas contam que bandidos ameaçaram antes de atirar em sargento da PM


Morre sargento baleado em Irajá
Testemunhas da morte do sargento Júlio César Garcia José, de 44 anos, afirmam que os bandidos que iam assaltá-lo perceberam que ele era policial e ameaçaram: “Se for polícia vai morrer” antes de atirar.
Imagens do crime mostram que o 3º sargento da PM estava dentro da sua BMW branca na Rua Aveiro, onde morava, em Irajá, na Zona Norte do Rio. Ele nasceu e cresceu nesse bairro.
Sargento morre após ser baleado em Irajá
Reprodução/TV Globo
As testemunhas disseram que dois homens em uma moto abordaram o veículo e anunciaram o assalto, mas depois notaram que ele era policial e fizeram cinco disparos – dois deles atingiram o sargento.
Ele foi baleado no rosto e no peito, que perfurou o pulmão. Júlio Cesar morreu horas depois.
No momento do crime, os colegas de farda do agente enterravam os corpos de um policial militar e do pai dele, mortos a tiros no domingo (10) em Nova Iguaçu.
Sargento morre após ser baleado em Irajá
Reprodução/TV Globo
Inicialmente, o caso foi registrado na 27ª DP (Vicente de Carvalho). No entanto, o caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Com mais esse caso, já são 33 policiais mortos em situação de violência esse ano no Rio, entre os que estavam de folga ou em serviço.
No ano passado inteiro, foram 41 mortes, de acordo com o Fórum de Segurança Pública. O cenário, que é alarmante, piora quando comparado com outras realidades do país:
Em todo o país, foram 113 mortes de PMs, entre elas 36% no Rio de Janeiro;
No ano passado, o segundo estado que mais teve morte de PM foi São Paulo, com 13 vítimas – e com um efetivo que é quase o dobro do Rio.
Homenagens das irmãs
Júlio César Garcia era lotado no 41º BPM (Irajá)
Arquivo pessoal
O policial era querido pela família e amigos, conhecido como Mano Muh pelo bairro.
“Era o cara mais tranquilo da rua, gostava de reunir os amigos e respeitava a todos. Era um exemplo dentro da sua família”, desabafa a irmã dele, Natália.
A publicitária Júlia Rodrigues, uma das irmãs de Júlio, usou as redes sociais para lamentar a morte do PM.
“Eu nunca pensei que fosse perder você. Você foi meu herói, meu melhor amigo, meu cúmplice e o único que me entendia”, disse Júlia, que completou: “Arrancaram um pedaço de mim. Arrancaram o melhor de mim”. 
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