
Um incêndio que ocorreu na tarde do último domingo (17) na garagem da prefeitura de Santo Estêvão destruiu cinco ônibus escolares. Na manhã desta segunda-feira (18) o Secretário Municipal de Educação do município, Paulo Bibiano, falou ao vivo durante o programa Acorda Cidade sobre a situação.
O incidente que não teve feridos, ainda não teve a causa definida, apesar de a principal suspeita ter sido um curto circuito em um dos veículos. Segundo o secretário, a polícia está realizando a perícia para saber o que de fato causou o incêndio.

Os 5 ônibus, que foram completamente destruídos, atendem cerca de 500 alunos que, nesta segunda, foram afetados pela falta do transporte. Segundo o secretário, a alternativa prioritariamente pensada é ampliar a rota dos ônibus que estão em operação para evitar prejuízo aos estudantes.
“Nós estamos tentando aqui ajustar os itinerários para alcançar a maior parte possível dos estudantes afetados com a suspensão dessas rotas. Nós estamos adotando todas as medidas legais cabíveis para resolver a situação o quanto antes, normalizar esse roteiro, buscando inclusive, contato com o Governo do Estado para que possa nos ajudar também”

Na garagem havia 26 ônibus escolares no total, além de mais veículos da prefeitura.Funcionários sob coordenação do prefeito, Tiago Dias, conseguiram retirar a tempo, estes transportes que não foram atingidos.
“Graças a essa movimentação de todos os funcionários que chegaram muito rápido, a gente conseguiu evitar o pior, que seria alcançar toda a frota nesse mesmo espaço. Nós temos máquinas pesadas, alguns tratores e os demais ônibus que graças a Deus foi possível retirá-los em tempo”

O prejuízo ainda não foi calculado, Paulo Bibiano esclarece que será necessária a compra de ônibus novos para repor os destruídos.
“Não existe ainda uma estimativa, mas considerando que cada um desse custa em média entre R$ 400 e R$ 500 mil, e foram cinco deles, então seria aproximadamente entre R$ 2 e 2,5 milhões. Mesmo porque o poder público não pode comprar carro usado e para a reposição teria que ser carro novo. Então seria nessa ordem, mas é tudo muito superficial”
O Programa Acorda Cidade conversou também com o operador de drones, Cristóvão Gomes da Agência Rossi, responsável por realizar as imagens de alto no momento do acidente.
Cristóvão relatou em entrevista que o incêndio durou cerca de 1 hora e começou por volta das 14h40. A cidade não tem base do Corpo de Bombeiros, então a unidade saiu de Feira de Santana para efetuar o controle do incêndio. Segundo Cristóvão o que mais chamou atenção foi o trabalho colaborativo da comunidade que prontamente se reuniu para conter as chamas.
“Antes do Corpo de Bombeiros chegar no local, a população de Santo Estevão, todos se reuniram. A população, no geral, se mobilizou, juntamente com o prefeito da cidade, estava todo mundo unido”

Cristóvão relata que o trabalho conjunto evitou um prejuízo maior. “Foi uma verdadeira operação de guerra. Quando eu cheguei, a maioria dos transportes já tinha sido removido da garagem”
O profissional ressalta também que essa não é a primeira vez que acontece uma situação semelhante a esta na cidade e pede o olhar do poder público para instalar bases do Corpo de Bombeiros em mais municípios.
“Em 2017, teve um incêndio desse, que foi 10 transportes da saúde. Então, seria interessante que o governo do estado, ele viabilizasse com a prefeitura um meio de colocar não apenas nesse local, mas em outros locais, em outros municípios. Tem situação que quando o Corpo Bombeiro chega, já aconteceu o pior”

O Secretário Paulo Bibiano finalizou a entrevista lamentando o ocorrido e informando que o governo municipal está trabalhando para amenizar os impactos do acidente.
“É o tipo de notícia que a gente não quer que aconteça, infelizmente, porque é um prejuízo, muitos alunos deixam de ter aula no dia de hoje por conta desse incidente. Acredito muito que até entre amanhã e quarta-feira a gente já tem um posicionamento, eu espero na verdade que a gente já tenha conseguido solucionar para que os alunos não fiquem mais de dois dias sem aula”
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