
Uma auxiliar de odontologia de 29 anos denunciou o ex-namorado, um músico de 39 anos, por tê-la agredida com socos, chutes e mordidas, na casa em que eles moravam, no bairro Ipanema, em Viana, na tarde de domingo (17).
Segundo a mulher, o casal teve um relacionamento entre idas e vindas, que se estendeu por cerca de 10 anos. Há cerca de um ano decidiram tentar uma última vez fazer a relação dar certo e se mudaram para o bairro Ipanema há seis meses.
A vítima relatou que já há algum tempo as brigas do casal começaram a se intensificar e na última quinta-feira (14), uma discussão se tornou uma briga física.
“Na quinta-feira, a gente começou a discutir. Ele estava tomando banho e começamos a discussão dali. Eu fiquei nervosa por causa das ofensas que ouvi, dei um soco no armário, ele veio, me puxou pelo pescoço e falou que eu não ia quebrar nada dele”, relatou.
Na sexta-feira (15), uma segunda briga ocorreu. Desta vez, porque a mulher teria dormido no sofá de casa e o homem teria a acordado pedindo para sair, porque ele queria limpar o imóvel.
As brigas entre os dois chegaram ao máximo das agressões físicas no domingo, quando mais uma vez, a vítima foi acordada pelo namorado. Ele a expulsou de casa, dizendo que não a queria mais no imóvel.
Teria inclusive já separado os pertences da mulher para que ela fosse embora. Neste momento, a vítima foi para outro cômodo, onde pegou o celular do suspeito, momento em que ele teria começado a agredi-la com socos, chutes e mordidas.
“Eu peguei o telefone dele e segurei. Eu não abri, não desbloqueei, nem a senha dele eu sei. Eu só peguei o telefone na mão. Quando ele chegou na sala e viu, ele veio e me deu um mata-leão. Ele veio para cima de mim com uma fúria insensata, com muita força. Ele me deu um mata-leão e falou ‘larga meu telefone, larga meu telefone’. Aí ele me mordeu, nisso que me mordeu, eu soltei o telefone vim para cá”, contou.
Vizinhos ouviram a briga e chamaram a polícia. Quando os policiais chegaram à casa do casal, encontraram os dois ainda brigando.
A mulher relatou as agressões aos militares e o suspeito negou todas as afirmações, relatando que era a vítima quem o agredia e ele teria se defendido. Ele alegou ainda que a mulher não aceitava o fim do relacionamento.
A mulher estava com ferimentos por todo o corpo, como tórax, mãos, costelas e pescoço. O suspeito foi autuado em flagrante por injúria e lesão corporal na forma da Lei Maria da Penha.
A vítima solicitou uma medida protetiva e relatou que deveria ter sido avisada antes do ultimato para sair de casa.
“A medida me deu um respiro, porque ele colocou minhas coisas para fora do nada. Isso não é certo, eu não invadi a casa, fui convidada para morar aqui”, afirmou.
*Com informações da repórter Ana Carolini Motta, da TV Vitória/Record