
A Petrobras anunciou a troca de comando da unidade da companhia no Espírito Santo. O atual gerente geral no Estado, Guilherme Sargenti, foi designado para chefiar a Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UO-BC) — maior polo produtor da empresa. Do mesmo modo, Gilvan Lima de Amorim, hoje gerente geral da Unidade Mero do Campo de Libra, na Bacia de Santos, será o novo responsável pela operação capixaba. A Petrobras e fontes internas informaram que a transição ocorrerá “nos próximos dias”.
A movimentação eleva Sargenti a um posto estratégico. Ou seja, a Bacia de Campos respondeu por 38% da produção brasileira de petróleo em 2024, em trajetória de recuperação com novas plataformas e projetos de revitalização. O contexto que ajuda a explicar a escolha do executivo para o cargo. Entre os marcos recentes, a Petrobras iniciou em 15 de outubro de 2024 a produção do FPSO Maria Quitéria, no campo de Jubarte (porção capixaba da Bacia de Campos), com capacidade de 100 mil barris/dia e 5 milhões m³/dia de gás. A operação foi antecipada em relação ao plano original.
Desafios da Petrobras dentro e fora do ES
No Espírito Santo, Gilvan Lima de Amorim chega com o desafio de consolidar a produção do Maria Quitéria. Além de capturar oportunidades em gás natural bem como serviços associados. Além disso, deve manter a curva de produção e a eficiência operacional. O Espírito Santo é relevante na carteira da Petrobras, com projetos que demandam integração de dutos, logística bem como suporte a fornecedores locais.
Amorim traz experiência na Bacia de Santos. Ou seja, isso tende a favorecer a adoção de boas práticas do pré-sal na unidade capixaba.
Para Sargenti, os desafios na Bacia de Campos incluem sustentar a recuperação de ativos maduros. Além disso, integrar novas unidades (como as FPSOs Anita Garibaldi e Maria Quitéria, que impactam a região) e avançar na descarbonização e eficiência da malha. Tudo isso mantendo custos sob controle bem como fortalecendo a segurança operacional. A Petrobras aponta Campos como eixo central de seu plano de revitalização. Ainda com novas interligações e metas de produção, após sucessivos recordes operacionais em 2024.