Oportunidade é direito, não caridade (entrevista)

Henrique Pereira Pinheiro
Henrique Pereira Pinheiro – crédito: Arquivo pessoal

Estamos na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, cujo tema esse ano é “Deficiência não define. Oportunidade transforma. Inclua a nossa voz.”

Uma forma importantíssima de abrir oportunidades para pessoas com deficiência é a inclusão no mercado de trabalho. Não é caridade, é oportunidade e respeito.

Por isso, Voz da Inclusão entrevista hoje o usuário da Apae Serra Henrique Pereira Pinheiro, de 20 anos. Ele tem deficiência intelectual, com TDAH como comorbidade.

Henrique trabalha na recepção de uma empresa, e conseguiu essa oportunidade através da metodologia Emprego Apoiado, encampada pela Apae. Em nosso papo, ele mostra como políticas de inclusão são importantes, pois se vê mais produtivo e respeitado trabalhando.

1 – Henrique, como ser diagnosticado mudou sua vida?

Ser diagnosticado me fez entender alguns pontos nos quais eu tinha dificuldade.
Não mudou o meu estilo de vida, não me vitimizei; passei a entender cada particularidade após o diagnóstico.

2 – Você já tinha alguma experiência profissional?

Não antes do diagnóstico, mas já trabalhei como assistente administrativo de menor aprendiz na Formar e na APAE.

3 – Como você se sente estando trabalhando, produzindo?

Eu me sinto bem em mostrar o meu potencial e obter conhecimentos no decorrer de cada situação do dia a dia.
São desafios que aprimoram a minha vida profissional e pessoal.

4 – Qual é a importância de iniciativas como o Emprego Apoiado, que te ajudou a conseguir seu emprego?

É importante porque ajuda na inclusão no meio profissional e a mostrar o reconhecimento e a capacidade de cada indivíduo com a sua neurodivergência.

5 – Já que estamos falando sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência e da importância de todos terem oportunidade de emprego, qual a sua mensagem para os leitores de Voz da Inclusão?

É muito significativo ter oportunidade de evolução, reconhecimento e independência financeira.

É gratificante mostrar para a sociedade que, além de sermos neurodivergentes, temos a capacidade de nos desenvolver assim como os outros.

Também é levar conhecimento para pessoas leigas sobre o assunto. É muito importante saber sobre e, acima de tudo, respeitar.

Não desistam dos seus sonhos, não se limitem!

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