
A avó do bebê José, que teve o pé queimado dentro do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, contou que acompanhava o procedimento quando percebeu o cheiro de queimado e notou que o macacão do neto estava mudando de cor.
Segundo dona Rosilene, foi nesse momento que conseguiu agir a tempo e evitar que as chamas se espalhassem pelo corpo da criança.
Segundo ela, a enfermeira levou José para um berço aquecido após constatar que a temperatura corporal estava um pouco abaixo do normal. O bebê foi colocado dentro do equipamento, mas, em seguida, a profissional usou algodão aquecido em uma lâmina e colocou dentro da meia da criança.
De repente, José começou a chorar insistentemente. Eu senti o cheiro de queimado e olhei para o macacão. Vi que estava mudando de cor e falei com a enfermeira. Ela disse que era só reflexo da luz, mas eu insisti. Quando tirei a meia, já havia um buraco, o algodão tinha queimado todinho e o pé do José estava preto.”
Rosilene, avó do bebê
Rosilene afirmou que, se não tivesse percebido a tempo, o fogo poderia ter se espalhado pelo corpo do bebê. A avó também falou sobre a aflição de ver o neto chorando de dor.
Confira o relato completo:
O bebê passou por cirurgia nesta sexta-feira (22) para avaliação da gravidade da queimadura e para verificar possíveis sequelas.
Entenda o caso
O recém-nascido teve o pé gravemente queimado após a enfermeira utilizar algodão aquecido para tentar controlar a temperatura. O procedimento não faz parte dos protocolos da Enfermagem, conforme informou o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES).
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) determinou o afastamento preventivo dos profissionais envolvidos até a conclusão da apuração. O hospital informou que instaurou processo interno para investigar o caso.