Espírito Santo movimenta US$ 18,8 milhões com exportação de mamão até julho

Plantação de mamão no Espírito Santo (ES)

As exportações brasileiras de mamão somaram 31,7 mil toneladas entre janeiro e julho de 2025, um crescimento de 28,7% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento alcançou US$ 43,1 milhões, alta de 31,6% na mesma base de comparação. Em julho, o volume enviado ao exterior foi 19,7% maior que no mesmo mês de 2024, mas apresentou leve recuo de 0,74% em relação a junho.

O Espírito Santo exportou 12,8 mil toneladas de mamão nos sete primeiros meses de 2025, com receita de US$ 18,8 milhões. Em igual período de 2024, haviam sido 10,6 mil toneladas e US$ 15,7 milhões. Os principais destinos das frutas capixabas foram Portugal, Estados Unidos, Países Baixos e Espanha.

Volume exportado chega a 12,8 mil toneladas, com principais destinos sendo Portugal e Estados Unidos

No cenário nacional, além do Espírito Santo, os principais estados exportadores foram Rio Grande do Norte e Paraíba, com destaque para os embarques a Portugal, Espanha e Reino Unido.

Segundo a Conab, o bom desempenho é resultado da boa oferta nacional, da forte demanda europeia e de um câmbio favorável, condições que devem manter o mercado aquecido até o fim do ano, desde que haja regularidade na produção de frutas de qualidade na Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.

Mercado interno de mamão: preços em alta

No mercado doméstico, o mamão registrou valorização expressiva nas Ceasas. Em julho, os preços médios subiram 21,65%, com destaque para a CeasaMinas – Belo Horizonte (+45,05%), Ceasa/SP – Campinas (+46,19%) e Ceasa/ES – Vitória (+41,93%).

Apesar da alta de preços, a quantidade comercializada caiu 21,1% em relação a julho de 2024, impactada pelo clima mais frio e pela menor demanda. Houve forte recuo em São Paulo (-32,7%) e Vitória (-49%).

De acordo com boletim do Prohort/Conab, as férias escolares e o inverno no Sul e Sudeste reduziram o consumo. 

“No entanto, o preço da variedade papaya, que teve alta na primeira parte do mês devido a fatores como menor oferta por causa do tempo mais frio e à menor qualidade de alguns lotes (frutas mais verdes e miúdas), começou a cair na segunda quinzena com o aumento das temperaturas nas zonas produtoras”, destacou.

Outro ponto a explicar essa queda foi a competição com outras frutas colhidas no inverno e com o mamão formosa. Essa variedade apresentou aumentos na maior parte do mês, em virtude da diminuição da oferta nas principais praças produtoras (norte capixaba, sul baiano e oeste baiano). Com isso, os produtores tiveram bons lucros. 

As praças baianas e capixabas lideraram os carregamentos para as Ceasas, com 13,2 mil toneladas para a primeira (queda de 6,4% em face de junho/25), e o Espírito Santo veio em seguida, com 8 mil toneladas (queda de 1,7% na comparação com junho), seguido das regiões mineiras, potiguares e paulistas, além da contribuição de outras praças menores. No total, foram comercializadas 30,2 mil toneladas pelas Ceasas analisadas, queda de 2,4% na comparação com junho de 2025.  

Expectativas para agosto

Até o início de agosto, o comportamento dos preços mostrou variações: o formosa teve quedas expressivas em Campinas (-31,8%) e Vitória (-36,4%), enquanto o papaya oscilou, com alta em São José do Rio Preto (+14,3%) e queda em Uberaba (-13,8%).

As previsões do INMET apontam que, entre agosto e outubro, as chuvas ficarão ligeiramente abaixo da média no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, e as temperaturas tendem a ser mais altas em todo o país. Isso deve acelerar o amadurecimento, reduzir riscos de doenças fúngicas e ampliar a oferta de mamões de qualidade, tanto para o mercado interno quanto para exportação.

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