Você sabe o que é sharenting? A palavra é uma junção de share (compartilhar, em inglês) e parenting (parentalidade, em inglês), e define o hábito de compartilhar fotos, vídeos e hábitos dos filhos na internet.
Apesar de muitas vezes ser motivada por boas intenções – como o desejo de compartilhar momentos da vida familiar com parentes ou amigos -, essa prática carrega riscos e consequências.
É o que explicou a psicóloga Nay Macedo, especialista em proteção infanto-juvenil na era digital, em entrevista ao podcast O Assunto da segunda-feira (18). Ouça, no player acima, a partir do minuto 28:14.
“O sharenting é esse termo que foi cunhado para definir quando os pais ou responsáveis compartilham informações relacionadas às crianças e adolescentes.”
“Frequentemente, a gente tem a tendência a achar que isso está relacionado somente às imagens, mas tanto podem ser as imagens, fotos e vídeos, como podem ser informações pessoais dos filhos.”
O perigo está nos algoritmos das redes sociais, que podem fazer um conteúdo viralizar e ser distribuído amplamente, inclusive para abusadores. Por isso, uma das principais orientações de especialistas é manter perfis fechados nas redes sociais.
Segundo Nay, uma pesquisa da Universitat Oberta, em parceria com a Polícia Nacional da Espanha, revelou um dado alarmante: até 72% do material de abuso sexual infantil apreendido na internet tinha origem em postagens feitas pelos próprios familiares das vítimas.
“A gente tem muitas evidências hoje para dizer que, por exemplo, imagens de crianças que tenham menos roupa e mesmo que essas imagens não sejam sexualizadas, […] a maioria dessas imagens estava na escala zero. Ou seja, não tinha nenhum nível de erotização.”
Diante desses riscos, a conscientização dos pais é fundamental. Nay Macedo sugere algumas recomendações para minimizar a vulnerabilidade das crianças no ambiente digital.
A proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual é um esforço que demanda a participação de toda a sociedade, não apenas dos pais, mas também do poder público, das grandes empresas de tecnologia e até das escolas.
A discussão sobre a exposição de imagens de crianças e adolescentes ganhou repercussão após o YouTuber Felca divulgar um vídeo alertando sobre a adultização de crianças e adolescentes e o uso de imagens de menores para monetizar nas redes sociais. A publicação soma quase 50 milhões de visualizações e rompeu bolhas na sociedade. Ouça a íntegra do episódio aqui.
O que você precisa saber:
‘Internet é lugar público e perigoso’: Juíza faz alerta sobre perigo de redes sociais para crianças
REDES SOCIAIS: Vídeo viral levanta debate sobre exploração de crianças e adolescentes
Denúncias de exploração sexual na internet mais do que dobram em seis dias
INFLUENCIADOR: Por que Hytalo Santos foi preso? Veja os argumentos do juiz do caso
Defesa de Hytalo diz que decisão é ‘ilegal’ e que vai pedir habeas corpus
ENTENDA: O que é ‘adultização’ e por que ela traz danos à infância?
Como proteger a imagem de crianças na internet
O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 168 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 14,2 milhões de visualizações.
Apesar de muitas vezes ser motivada por boas intenções – como o desejo de compartilhar momentos da vida familiar com parentes ou amigos -, essa prática carrega riscos e consequências.
É o que explicou a psicóloga Nay Macedo, especialista em proteção infanto-juvenil na era digital, em entrevista ao podcast O Assunto da segunda-feira (18). Ouça, no player acima, a partir do minuto 28:14.
“O sharenting é esse termo que foi cunhado para definir quando os pais ou responsáveis compartilham informações relacionadas às crianças e adolescentes.”
“Frequentemente, a gente tem a tendência a achar que isso está relacionado somente às imagens, mas tanto podem ser as imagens, fotos e vídeos, como podem ser informações pessoais dos filhos.”
O perigo está nos algoritmos das redes sociais, que podem fazer um conteúdo viralizar e ser distribuído amplamente, inclusive para abusadores. Por isso, uma das principais orientações de especialistas é manter perfis fechados nas redes sociais.
Segundo Nay, uma pesquisa da Universitat Oberta, em parceria com a Polícia Nacional da Espanha, revelou um dado alarmante: até 72% do material de abuso sexual infantil apreendido na internet tinha origem em postagens feitas pelos próprios familiares das vítimas.
“A gente tem muitas evidências hoje para dizer que, por exemplo, imagens de crianças que tenham menos roupa e mesmo que essas imagens não sejam sexualizadas, […] a maioria dessas imagens estava na escala zero. Ou seja, não tinha nenhum nível de erotização.”
Diante desses riscos, a conscientização dos pais é fundamental. Nay Macedo sugere algumas recomendações para minimizar a vulnerabilidade das crianças no ambiente digital.
A proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual é um esforço que demanda a participação de toda a sociedade, não apenas dos pais, mas também do poder público, das grandes empresas de tecnologia e até das escolas.
A discussão sobre a exposição de imagens de crianças e adolescentes ganhou repercussão após o YouTuber Felca divulgar um vídeo alertando sobre a adultização de crianças e adolescentes e o uso de imagens de menores para monetizar nas redes sociais. A publicação soma quase 50 milhões de visualizações e rompeu bolhas na sociedade. Ouça a íntegra do episódio aqui.
O que você precisa saber:
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O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 168 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 14,2 milhões de visualizações.