Diante da pressão sobre os preços globais, a Suzano deve reajustar a celulose em pedidos feitos a partir do próximo mês, informou a Reuters. O aumento será de US$ 20 por tonelada para a China e outros países asiáticos, enquanto na Europa e nos Estados Unidos o ajuste será de US$ 80 por tonelada.
Segundo analistas, a medida é vista como positiva pelo BTG Pactual, que avalia os preços atuais na China, próximos de US$ 500 por tonelada, como “insustentavelmente baixos”. Para o banco, embora a implementação seja desafiadora, a ação da Suzano segue atrativa e o risco de queda é limitado diante da expectativa de recuperação gradual da rentabilidade.
Com base em movimentos já praticados, o Bradesco BBI destaca que o reajuste de US$ 20 por tonelada vinha sendo aplicado nos pedidos da China e havia sido amplamente aceito. Esse cenário, segundo o banco, levou a Suzano a ampliar os aumentos para Europa e América do Norte. Para a instituição, a tendência é que a commodity alcance US$ 550 por tonelada nos próximos meses, apoiada pela sazonalidade mais favorável no final do terceiro trimestre, pela trégua comercial entre Estados Unidos e China e por potenciais restrições de oferta diante do elevado custo de produção.

Apesar do enfraquecimento recente dos preços, o Banco do Brasil (BB) observa que as exportações brasileiras de celulose seguem fortes, com incremento dos preços médios. O banco ressalta que o produto brasileiro se mantém competitivo no mercado norte-americano, já que ficou isento da tarifa adicional de 40% aplicada pelos Estados Unidos.
Em função da dinâmica das exportações, o BB aponta que em julho houve leve queda no volume embarcado, mas o movimento foi compensado pela valorização dos preços médios. A normalização dos envios para Europa e Estados Unidos sustentou esse resultado, enquanto os embarques para a China permaneceram estáveis.
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