A caça esportiva, atividade que atrai muitos em busca de aventura e troféus, carrega riscos inerentes. Esses perigos ficaram tristemente evidentes em um incidente recente na Província de Limpopo, na África do Sul. Durante uma expedição organizada pela empresa Coenraad Vermaak Safaris, um caçador norte-americano, Asher Watkins, de 52 anos, perdeu a vida após ser atacado por um búfalo-africano (também conhecido como búfalo-do-cabo), o mesmo animal que ele perseguia.
Segundo informações divulgadas pela empresa de safaris, Watkins estava acompanhado por um caçador profissional e um rastreador no domingo quando ocorreu o ataque.
A empresa descreveu o evento como repentino e sem provocação aparente, envolvendo um animal que não havia sido ferido anteriormente. Em um comunicado, expressaram profunda tristeza e solidariedade à família de Watkins, tanto aos membros presentes na África do Sul quanto aos que estavam nos Estados Unidos.
Asher Watkins parecia ser um caçador entusiasta (Facebook/Asher Watkins Outdoors)
Relatos indicam que esta era a segunda jornada de caça de Watkins naquela viagem. No primeiro dia, ele havia abatido com sucesso um antílope aquático (waterbuck). No segundo dia, o alvo era um dos animais mais temidos do continente africano: o majestoso e poderoso búfalo-africano. Esses animais impressionam pelo tamanho, podendo atingir mais de 1.300 quilos, e por sua força física formidável.
A perseguição terminou de maneira trágica e abrupta. O búfalo, que estava sendo rastreado, subitamente virou-se e investiu contra o grupo a uma velocidade impressionante. Esses animais são conhecidos por sua agilidade surpreendente para seu porte, alcançando velocidades próximas a 60 quilômetros por hora. O impacto de um animal desse tamanho, carregando a essa velocidade, é devastador. Watkins sofreu ferimentos fatais praticamente no instante do choque.
O búfalo-africano não é apenas grande e veloz; ele tem uma reputação solidamente estabelecida como um dos animais mais perigosos da África. Estima-se que esses animais sejam responsáveis pela morte de aproximadamente 200 pessoas anualmente no continente. Empresas de safaris de caça, inclusive a envolvida neste incidente, frequentemente destacam o búfalo como a caça mais perigosa que oferecem, enfatizando sua natureza imprevisível e a propensão a investidas, às vezes sem aviso prévio ou provocação direta e visível.
Para os operadores dessas expedições, esse risco extremo faz parte da atração, sendo descrito como o elemento que torna a caça ao búfalo “emocionante e estimulante”. Eles também reconhecem abertamente que vários caçadores morrem todos os anos confrontados por esses animais formidáveis. É um lembrete brutal de que, na natureza selvagem, os papéis de predador e presa podem se inverter em um instante.
O búfalo-do-cabo é responsável por cerca de 200 mortes por ano
Asher Watkins, além de caçador esportivo, era um empresário bem-sucedido no setor imobiliário de luxo, especializado na venda de fazendas de alto padrão.
O custo da expedição de caça fatal foi reportado como sendo de aproximadamente 54 mil reais. Sua ex-esposa, Courtney, e sua filha foram informadas de sua morte, expressando publicamente seu estado de choque e profunda tristeza. O incidente ocorrido na Província de Limpopo reforça o status do búfalo-africano como uma força da natureza que comanda respeito absoluto, independentemente da experiência ou recursos daqueles que ousam desafiá-lo.
Esse Caçador milionário é morto por búfalo de 1.270 quilos que tentava abater em caçada de $ 10.000 foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
