Suspeita de participação na morte de empresário é presa após se apresentar à polícia em Cravinhos


Marcela Almeida foi até a delegacia na tarde desta quarta-feira (4), mas negou envolvimento no desaparecimento de Nelson Carreira Filho. Ela foi levada para a cadeia de São Joaquim da Barra (SP). Uma das pessoas investigadas pelo desaparecimento e da possível morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, Marcela Silva de Almeida foi presa após se apresentar na delegacia de Cravinhos (SP) na tarde desta quarta-feira (4).
Mulher de Marlon Couto, dono de uma fábrica de suplementos apontado como autor do disparo que matou Nelson, ela prestou depoimento na presença do advogado e negou envolvimento nos fatos. Depois, ela foi levada para a cadeia de São Joaquim da Barra (SP), onde cumprirá prisão temporária de 30 dias. A defesa dela confirmou que pedirá a revogação da prisão dela.
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Antes de Marcela, o gerente da fábrica de suplementos Tadeu Almeida Silva também se apresentou à polícia e foi preso.
Marlon Couto, suspeito de assassinar o empresário Nelson Francisco Carreira Filho, e a esposa dele, Marcela Almeida, também suspeita de envolvimento no crime
Arte/EPTV
Nelson está desaparecido desde 16 de maio, quando viajou de São Paulo para Cravinhos (SP) para participar de uma reunião de negócios com Marlon Couto Paula Junior e Tadeu Almeida Silva, respectivamente dono e gerente de uma fábrica de suplementos alimentares em Cravinhos e investigados como cúmplices no homicídio.
Com perícias, laudos e depoimentos, as investigações da Polícia Civil apontam que o empresário foi assassinado por Marlon nesse encontro, por desavenças na venda de suplementos, e que o corpo, ocultado com ajuda de Tadeu, foi jogado no Rio Grande, em Miguelópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP).
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Marcela, por sua vez, passou a ser investigada por viajar com Marlon para São Paulo, onde o marido prestou apoio à família de Nelson, mesmo sabendo o que tinha acontecido com ele, segundo as investigações.
Até esta quarta-feira (4), no entanto, o corpo de Nelson não tinha sido encontrado mesmo após buscas realizadas pelos bombeiros no fim de semana na região próxima ao rancho do empresário.
Marcela Almeida, suspeita de participação da morte do empresário Nelson Carreira Filho, em Cravinhos (SP).
Reprodução/EPTV
Com base nas investigações, a Polícia Civil obteve na Justiça mandados de prisão temporária contra os três. Dos investigados, apenas Marlon segue foragido. Desde que a ordem de prisão foi expedida, o casal já não tinha sido encontrado no condomínio em que morava.
Advogado de Marlon Couto e da mulher dele, Nathan Castelo Branco garante que tem mantido contato com o dono da fábrica de suplementos e que ele ainda não se apresentou à polícia porque foi ameaçado, inclusive com uma tentativa de invasão da casa dele em um condomínio.
Emboscada, assassinato e corpo em rio
A Polícia Civil acredita que Nelson Carreira tenha sido assassinado ao ser atraído para uma emboscada em Cravinhos.
Segundo o delegado Heitor Moreira, responsável pela investigação, no dia do crime, um dos suspeitos marcou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima. Todos os funcionários foram dispensados.
O fato de Tadeu ter marcado a dedetização leva a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo (SP), onde ele morava com a família. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
No depoimento à polícia, Tadeu contou que após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis (SP) para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, na terça-feira, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Segundo as investigações, o empresário foi morto por causa de desavenças comerciais: Nelson teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produto para emagrecer que ele tinha patenteado. Nelson estaria cobrando R$ 100 mil do parceiro comercial.
A investigação também apontou que a esposa de Marlon tinha conhecimento sobre o crime, tanto que foi a São Paulo com o marido para buscar Tadeu após o abandono do carro. Eles chegaram a tomar café com a esposa da vítima na tentativa de ajudar a não levantar suspeitas.
O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP
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