
O violonista Edson Bernardo de Lima, conhecido como Edson Café, morreu nesta quinta-feira (5), em São Paulo. Ex-integrante do grupo Raça Negra, ele foi encontrado desacordado em uma rua da zona leste no último sábado (31) e levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, mas não resistiu.
Edson enfrentava dependência química há cerca de 10 anos e vivia em situação de rua. O músico se afastou da banda após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) que o deixou com limitações nos braços, impossibilitando-o de continuar tocando violão.
Após o AVC, enfrentou um quadro de depressão e recaídas no uso de drogas, como crack e maconha. Ele chegou a tentar tratamento em clínicas de reabilitação, mas não permaneceu internado até o fim dos processos.
A família de Edson Café já reconheceu o corpo no Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil de São Paulo registrou o caso como morte suspeita e investiga as circunstâncias.
Recaídas de Edson Café
No auge do Raça Negra, Edson era violonista do grupo e fez parte da formação que popularizou o samba romântico nos anos 1990. No entanto, após o derrame, sua trajetória mudou drasticamente. Para se manter, passou a atuar como flanelinha nas ruas de São Paulo.
Em entrevista ao programa Câmera Record, em 2020, Edson falou sobre a dependência química.
“Estava propenso à recaída. Não tem como morar na rua e não fumar um baseado, não dá.”
O músico chegou a tentar morar com os filhos no Rio de Janeiro, mas retornou às ruas após desentendimentos familiares.
*Com informações do portal R7.