Operação Caminhos do Cobre mira recicladoras

Agentes saíram para cumprir 35 mandados de busca e apreensão na capital, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos. A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) iniciou nesta quarta-feira (18) mais uma etapa da 2ª fase da Operação Caminhos do Cobre, contra a receptação de materiais furtados nas ruas do Rio de Janeiro. Desta vez, o alvo são grandes recicladoras que movimentaram R$ 2,5 bilhões em 4 anos.
Agentes saíram para cumprir 35 mandados de busca e apreensão na capital, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos.
De acordo com as investigações, os criminosos têm utilizado empresas do setor de reciclagem para dar aparência legal à comercialização de materiais furtados, como cobre e cabos subterrâneos de concessionárias de serviços públicos.
Embora muitas dessas empresas estejam formalmente registradas e em funcionamento, os indícios apontam para uma atuação mista, que combina atividades regulares com a receptação de metais de origem ilícita e a inserção desses recursos no mercado formal.
A DRF identificou ainda empresas de fachada criadas exclusivamente para movimentações financeiras artificiais. Essas entidades apresentam sinais como ausência de funcionários, operações fracionadas e valores incompatíveis com os registros fiscais e contábeis declarados.
Outras etapas
A 2ª etapa da Operação Caminhos do Cobre começou em abril, quando 7 pessoas foram presas. Em Campo Grande, agentes encontraram sacos e sacos de cabos provavelmente roubados — uns traziam etiquetas da Algar.
Na ocasião, a polícia descobriu que os criminosos usavam caminhões para arrastar os cabos de baixo do solo, causando danos significativos às estruturas, e por vezes vestiam uniformes falsificados das empresas.
A 1ª fase, deflagrada em 2022, revelou a existência de uma cadeia estruturada de escoamento de materiais metálicos furtados. Na época, a polícia apreendeu uma tonelada de cobre sem comprovação de procedência em ferros-velhos do Rio
Entre os principais produtos roubados, estão baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, materiais de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas. Em todas as etapas, cerca de 40 pessoas foram presas.
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