O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o “inimigo sionista cometeu um grande erro” e prometeu punição em publicação em sua conta na rede social X (antigo Twitter), na noite deste domingo (22). Essa foi sua primeira declaração pública desde os ataques dos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas.
“A punição continua. O inimigo sionista cometeu um grande erro, cometeu um grande crime. Ele deve ser punido e está sendo punido. Ele está sendo punido agora mesmo”, publicou o líder.
Israel volta a atacar
Poucas horas depois da declaração, na manhã desta segunda-feira (23), no horário de Brasília, Israel voltou a atacar o Irã, desta vez atingindo as instalações nucleares de Fordo, localizadas na província de Qom. Segundo a agência iraniana Tasnim, “o agressor atacou novamente a central nuclear de Fordo”, citando um porta-voz da autoridade local de gestão de crises.
Na noite de sábado (21), os Estados Unidos bombardearam as centrais nucleares de Isfahan, Natanz e Fordo, marcando sua entrada direta no conflito entre Irã e Israel. O presidente estadunidense, Donald Trump, declarou que os bombardeios “destruíram completamente as capacidades nucleares do Irã”. No entanto, autoridades dos dois países admitem que ainda é cedo para avaliar a extensão real dos danos.
O Irã negou qualquer vazamento de material radioativo e prometeu retaliar. Em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador iraniano, Amir Saeid Iravani, acusou os EUA de terem iniciado uma “guerra” sob “pretextos absurdos e inventados”.
“O país-membro permanente deste Conselho […] lançou uma guerra contra o meu país com a justificativa de impedir que o Irã adquira armas nucleares”, afirmou o diplomata.
Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz
Também neste domingo, o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, medida que pode interromper o trânsito de cerca de 20% de todo o petróleo comercializado no mundo. A decisão, que é uma resposta aos ataques estadunidenses, ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e receber o aval do aiatolá Khamenei para entrar em vigor.
A região, localizada entre Omã e Irã, é vigiada pela 5ª Frota da Marinha americana, baseada no Bahrein. O bloqueio pode provocar uma disparada no preço do petróleo e afetar exportações de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait.
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