Pequim concluiu sua primeira missão operacional com dois porta-aviões no Pacífico Ocidental, marcando um novo patamar de projeção de poder da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy).
A operação envolveu os porta-aviões Liaoning (CV-16) e CNS Shandong (CV-17), que realizaram, juntos, mais de 1.100 operações de lançamento e recuperação de aeronaves dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Japão.
O Liaoning, em missão desde 25 de maio, completou 700 operações aéreas ao longo de 26 dias na região. Já o Shandong, que iniciou sua atividade em 9 de junho, registrou 420 operações em 17 dias.
Essa foi a segunda vez que a China executou operações de duplo porta-aviões, sendo a primeira realizada no Mar do Sul da China em outubro de 2024. A mais recente, no Pacífico Ocidental, é vista por analistas como um avanço significativo na capacidade de guerra marítima de Pequim, com foco especial em dissuadir e monitorar atividades militares próximas ao arquipélago japonês.

A operação contou com a maior mobilização já registrada de cruzadores de mísseis Type 055 da classe Renhai no Pacífico Ocidental. Cinco desses navios de guerra — considerados os mais avançados da frota de superfície chinesa — participaram do exercício. O Zunyi (107) acompanhou o grupo de combate do Shandong, enquanto o Yan’an (106) se juntou posteriormente. O Nanchang (101) e o Wuxi (104) integraram o grupo de escolta do Liaoning. Já o Lhasa (102) liderou um grupo de ação de superfície que entrou no Pacífico Ocidental em 5 de junho e se uniu ao Liaoning.
O exercício ressalta os avanços da Marinha chinesa em operações complexas de combate aeronaval e confirma o progresso na integração entre forças navais e aéreas, especialmente em áreas de interesse estratégico e contestado, como as zonas próximas ao Japão e Taiwan.
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