Desemprego cai, trabalho com carteira assinada bate recorde e informalidade recua

A taxa de desemprego no Brasil voltou a se aproximar da menor da história, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em maio, ela baixou a 6,2%, ficando 0,1 ponto acima do recorde registrado em novembro.

Até maio do ano passado, a taxa de desemprego era de 7,1%. Já no trimestre que vai de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, ela estava em 6,8%.

“Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas”, explicou William Kratochwill, analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. “O mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais.”

A Pnad é quem mede a taxa oficial de desemprego do país. A última edição da pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (27).

Segundo a pesquisa, o número de trabalhadores com carteira assinada no país atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio: 39,8 milhões. Isso é 0,5% a mais do que no trimestre anterior e 3,7% mais do que o verificado há um ano.

Com isso, caiu o percentual de trabalhadores informais no país –sem qualquer tipo de registro ou direito trabalhista. Ao final de maio, ele chegou a 37,8%. No trimestre anterior, era de 38,1% e, há um ano, de 38,6%.

Também caiu de forma expressiva, segundo o IBGE, o percentual de desalentados, que são pessoas com idade para trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego. Até maio, eram 2,89 milhões. Isso é 13,1% menos do que há um ano.

“Essa queda pode ser explicada pela melhoria consistente das condições do mercado de trabalho. O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas”, acrescentou William.

Entretanto, a população subocupada por insuficiência de horas –ou seja, pessoas que têm emprego mas que gostariam de trabalhar mais horas – cresceu de 9,1% em um ano. Até o final de maio, eram 4,7 milhões de trabalhadores nesta situação.

O rendimento dos trabalhadores fechou o trimestre encerrado em maio em R$ 3.457. É praticamente o mesmo valor do trimestre passado e 3,1% mais do que há um ano.

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