78% das empresas do país investem em automação, diz pesquisa

Impulsionada pela crescente busca por eficiência operacional e competitividade global, a indústria brasileira caminha para um avanço nos sistemas automatizados em 2025. A pesquisa “OTRS Spotlight: IT Service Management 2023” aponta que 78% das empresas do país já investem em automação, refletindo a tendência global de transformação digital nos processos produtivos.

A digitalização demanda a modernização de sistemas usados no dia a dia, como o Enterprise Resource Planning (ERP), plataforma de planejamento de recursos empresariais que integra diferentes setores da organização em uma base de dados unificada. Saber como escolher um ERP para sua empresa será um diferencial para aderir às novas tecnologias e garantir o ingresso no momento de expansão vivido pelo setor industrial.

Dados do estudo “Monitor da Indústria 4.0”, da International Market Analysis Research and Consulting (Imarc), analisado pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelam que o mercado da Indústria 4.0 no Brasil vive um momento de expansão.

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Em 2022, o setor movimentou US$ 1,77 bilhão, com um crescimento anual médio de 18,8% entre 2017 e 2022. As projeções indicam que esse valor pode chegar a US$ 5,62 bilhões até 2028, com média de  21% ao ano entre 2023 e 2028, segundo o mesmo levantamento.

Robótica colaborativa lidera as transformações no chão de fábrica

Entre as principais tendências para o setor industrial, a robótica colaborativa se destaca pelo desenvolvimento de cobots (robôs colaborativos) mais seguros, precisos e de programação facilitada. Conforme dados da SMC do Brasil, esses sistemas trabalham lado a lado com operadores humanos para melhorar a segurança, a precisão e a produtividade nas linhas de produção. A expansão da robótica móvel também ganha destaque, com AMRs (robôs móveis autônomos) facilitando o transporte de materiais e a logística interna nas fábricas.

O setor industrial já sabe qual é a importância do MRP (Material Requirements Planning) e deve inovar na implantação de novos recursos tecnológicos. Os sistemas MES (Manufacturing Execution System) são um exemplo, já que permitem que empresas coletem dados em tempo real do desempenho de máquinas, proporcionando informações sobre eficiência de produção, qualidade das peças e ocupação dos equipamentos.

A automação industrial, no entanto, não se limita a máquinas: “ela começa com decisões estratégicas”, afirma o engenheiro e diretor comercial da Nomus, Thiago Leão. “Escolher um ERP adequado e adotar ferramentas como o MRP são os primeiros passos para transformar dados em produtividade. O crescimento dos sistemas automatizados no Brasil mostra que a indústria está amadurecendo e buscando inteligência na operação.”

Redução de impacto ambiental entra na pauta da automação

A agenda ESG (Environmental, Social, Governance) segue na pauta das indústrias brasileiras. A tendência é que robôs sejam projetados para consumir menos energia e serem mais sustentáveis, alinhando a automação à redução de impacto ambiental, segundo análise da SMC do Brasil.

O analista de negócios (TI) do Senai Paraná, Pedro Vicenzo Ceccato, destaca que “o futuro da indústria passa pela integração entre automação, simulação e ferramentas digitais. Empresas que investem nesse caminho tendem a ganhar em eficiência e competitividade”.

A diminuição de falhas e o aumento da eficiência no tempo de produção resultam em menor consumo de recursos naturais e energia, contribuindo diretamente para a sustentabilidade das operações industriais. Projeções da McKinsey indicam aumentos de eficiência de até 25% com a implementação adequada de tecnologias digitais.

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